Salvador recebe a 4ª edição do Festival Lusoteropolitana

Entre os dias 5 e 16 de fevereiro, Salvador será palco da 4ª edição do Festival Lusoteropolitana, encontro multiartístico que conecta produções do Brasil, Moçambique e Portugal. A programação inclui teatro, música, dança, literatura, performances, oficinas e palestras on-line, com atividades espalhadas por diversos pontos da cidade e no perfil do evento no Instagram.

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Com ingressos gratuitos ou a preços populares que podem ser adquiridos no Sympla, o festival busca democratizar o acesso à cultura e oferece recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. “Vamos expandir o festival para diversos locais da cidade, levando obras a um público cada vez maior, transformando Salvador em um polo de encontro de expressões artísticas que refletem a lusofonia”, afirma João Guisande, um dos responsáveis pelo evento.

O teatro ganha destaque com espetáculos como 'Dizcontos', de Klemente Tsamba, inspirado em histórias de imigração de jovens moçambicanos, e 'Provavelmente Saramago', de Vinícius Piedade, que ressignifica a obra do renomado escritor português ao misturar ficção e realidade, celebrando o impacto de Saramago como artista e cidadão. Para o público infantojuvenil, 'Dandara na Terra dos Palmares', do grupo Arte e Sintonia, traz uma narrativa afrocentrada.

Na música, o show 'Trinca de Paz' mistura influências africanas e brasileiras, enquanto 'Ronei e Jorge: Encontro, Improvisos e Canções' promete um espetáculo rico em ritmos e improvisações. A dança também tem espaço com 'UNA', de Teresa Fabião, que aborda o HIV por meio da expressão corporal.

Performances como 'O Museu é a Rua', do grupo A Pombagem, e 'Alinhavar Bainhas Atlânticas', de Deisiane Barboza, conectam público e arte urbana. Já a literatura reúne nomes como Rita Santana e César Sobrinho em mesas literárias sobre temas como representatividade e colonialidade.

O festival é assinado por Fabio Vidal (Território Sirius), João Guisande (Vixe Cia de Teatro), Maria Clara Mendes e Daniela Chávez (Cia de Teatro Improviso Salvador) e conta com o apoio da Fundação Gregório de Mattos e do Governo Federal, por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

“Construímos pontes entre territórios, línguas e identidades em uma festa que valoriza a pluriculturalidade, celebra corpos dissidentes e reforça a potência da arte como expressão de liberdade e conexão”, afirma Daniela Chávez.