IMPASSE
Ainda sem o salário de maio, trabalhadores acampam na porta da Caraíba
Sindicato e diretoria se reuniram durante toda a quinta-feira, mas não chegaram a um acordo. Empresa propõe demissão em massa.
Por Alan Rodrigues

Após uma semana de pausa nas manifestações, trabalhadores da Caraíba metais, situada em Dias d´Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, voltaram abloquear o acesso às dependências da empresa, impedindo a troca de turnos. A determinação do sindicato é de manter a mobilização durante toda a noite.
A exemplo empresa se encontra em recuperação judicial desde novembro de 2023 e, pelo segundo mês consecutivo, caminha para completar 30 dias de atraso no pagamento dos salários dos 236 funcionários que se encontram em 'lay off', ou seja, com os contratos suspensos.
Na semana passada, os trabalhaodres realizaram três dias de paralisações e suspenderam a mobilização com a promessa de retomar as negociações nesta quarta-feita, 25. Os representantes do sindicato foram recebidos nessa quinta, mas não houve avanço na proposta.
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A Paranapanema, que controla a Caraíba, única metalúrgica de cobre do Brasil, acena com o pagamento dos salários de maio, mas, condiciona a quitação à aceitação, pelos trabalhadores em lay off, de uma demissão coletiva no próximo dia 30, com pagamento das rescisões a partir de fevereiro de 2026, em 24 parcelas, até 2028.
Após mais uma reunião que terminou no início da noite, o representante do sindicato da categoria, Ernandes Biset, anunciou que, diante da manutenção da proposta já apresentada, a decisão foi manter o bloqueio, impedindo a entrada do turno de zero hora, com os trabalhadores permanecendo acampados na porta da empresa.
A TARDE solicitou posicionamento da Paranapanema mas, de novo, a assessoria da empresa informou que não irá emitir nenhuma nota sobre o impasse.
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