PREOCUPAÇÃO
BC vê risco com alta de dólar e não hesitará "elevar a taxa de juros"
Foram discutidas na reunião do Copom temáticas como a inflação e taxa de câmbio
Por Carla Melo
O Banco Central mostrou preocupação com a constante alta do dólar, provocada pela divulgação dos indicadores econômicos dos Estados Unidos e temores de uma possível recessão do país e a inflação de diversos países, iniciados na última segunda-feira, 5 e afirmou que “não hesitará em elevar a taxa de juros” se julgar apropriado.
A decisão foi divulgada nesta terça-feira, 6, após 264ª reunião das Atas do Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira, 31, no qual foi decidida a manutenção da taxa básica de juros a 10,50%.
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Segundo a instituição financeira, foram discutidas na reunião, temáticas como a inflação e taxa de câmbio. Ainda de acordo com o BC, o momento econômico mundial requer ainda mais cautela na política monetária e “de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras”
“À luz desse acompanhamento, o Comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; de outro lado, o Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, diz em nota a Copom.
Diante das incertezas do mercado global e as consequências para o cenário doméstico, o Banco Central, segundo decisão apontada em nota, deve manter a taxa de juros inalterada por tempo indeterminado.
“Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta. O Comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, explica a instituição.
O último Boletim Focus, divulgado no dia 29 de julho, pelo Banco Central, apontou um aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país. A prévia passou de 4,05% para 4,10% este ano. Para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,9% para 3,96%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
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