ECONOMIA
Brasil registra o menor número de jovens “nem-nem” desde 2019
Taxa de jovens ocupados cresce, mas participação no mercado de trabalho ainda é baixa
Por Redação

Um estudo divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostrou o crescimento no número de pessoas de 14 a 24 anos ocupadas no Brasil no último trimestre de 2024. O levantamento revelou ainda que a parcela de jovens que não estuda nem trabalha, identificada como geração “nem-nem”, registrou, no segundo semestre de 2024, o menor nível dos últimos 12 anos.
Os dados foram apresentados na última terça-feira, 29, pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, no evento Empregabilidade Jovem Brasil, promovido pelo CIEE, em São Paulo.
Conforme o levantamento, foram registrados 14,5 milhões de jovens ocupados no Brasil no último trimestre de 2024. O número superou os 14,2 milhões observados no mesmo recorte de 2019, antes da pandemia.
A taxa de desemprego entre esses jovens caiu de 25,2% para 14,3%. A informalidade também caiu, passando de 48% para 44%. Dos jovens ocupados no final de 2024, 53% possuíam vínculo formal de trabalho, com carteira assinada, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
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Gênero
Outro fator apontado pela pesquisa foi a participação das mulheres no mercado de trabalho e nos estudos. Apesar do avanço representado pela redução dos jovens que pertencem à geração nem-nem, as mulheres ainda são maioria nessa condição.
No último trimestre de 2012, havia 2,1 milhões de meninos e 4,2 milhões de meninas nessa situação. Em 2024, no mesmo período, caiu para 1,9 milhão e 3,3 milhões, respectivamente.
Baixa participação no mercado de trabalho
Por mais que a taxa de desemprego tenha caído, a participação de jovens da mesma faixa etária no mercado de trabalho ainda não alcançou o patamar de 2019, quando registrou 52,4%. No último trimestre de 2024, o percentual foi de 50,3%.
Ao menos 53% (7,7 milhões) dos jovens ocupados estão com carteira assinada com até 24 anos. Os dados da MTE apontam também que 67,1% dos jovens celetistas ganham até R$ 1.854,01.
Ainda segundo o levantamento, a porcentagem daqueles que não estudam, nem trabalham, na faixa dos 18 a 24 anos, alcançou o menor patamar da série histórica. O grupo conhecido por “nem-nem” representa, no total, 5,3 milhões de brasileiros.
Geração de emprego na Bahia
Na Bahia foi registrada o aumento de 27,8% na geração de empregos formais no acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024), totalizando o saldo ajustado de 90.838 empregos no período.
O setor de serviços, mais uma vez, liderou a geração de empregos no estado, representando 51,3% (ou 7.634) do saldo total. O número de ocupações geradas pelo setor é 82,3% maior em relação ao mesmo mês do ano passado.
O Comércio ficou em segundo lugar com 22,2% (ou 3.301) do saldo total no mês. Em seguida, a Construção Civil com a participação de 14,6% (ou 2.167). Em terceiro aparece a Indústria com um saldo de 1.847 novos empregos.
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