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Dividendos da Petrobras estão acima da média histórica, avalia FUP

Dirigente da FUP destaca que Petrobras foi terceira empresa que mais distribuiu dividendos em 2023

Publicado terça-feira, 12 de março de 2024 às 17:51 h | Autor: Da Redação
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O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, analisou a proposta do conselho da administração da Petrobras de distribuição de dividendos ordinários de R$ 72,4 bilhões em 2023.

“Entre as seis maiores petroleiras do mundo, a Petrobras foi a terceira empresa que mais distribuiu dividendos a acionistas em 2023, e a sexta em receitas, na comparação com as demais companhias internacionais do setor”, disse Bacelar.

Ele acrescentou que os dividendos da companhia continuam altos em 2023. E que embora sejam inferiores aos "megadividendos" pagos no último biênio (média anual de R$ 155,7 bilhões), são cerca de 12 vezes superiores à média histórica observada entre 2003 e 2020 (R$ 5,9 bilhões). Os dados da companhia foram elaborados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

Bacelar ainda aprovou a decisão do governo de ter um representante do Ministério da Fazenda no CA da Petrobras. “Certamente, dará maior equilíbrio às decisões do conselho de administração em benefício da empresa”, avalia.

Para ele, a queda das ações e do valor de mercado da Petrobrás nos últimos dias é fruto de ataques especulativos.

“A gestão da Petrobras não pode ficar refém do jogo do mercado financeiro, frustrado pelo não pagamento de dividendos extraordinários”, disse Bacelar, lembrando que a FUP e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) apresentaram denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última sexta-feira, 8, contra a ocorrência de operações atípicas com as ações da Petrobrás, que provocaram forte oscilação na cotação dos papéis na Bolsa de Valores de São Paulo".

Polêmica

A representação à CVM aponta suspeitas de uso de informações privilegiadas (insider trading) e de manipulação do mercado e exige a urgência de investigações, processos administrativos e judiciais.

Ao comentar os resultados da Petrobras no exercício de 2023, o dirigente da FUP afirmou que “depois de enfrentar anos de desinvestimentos e descapitalização, com pagamentos recordes de dividendos, venda de ativos estratégicos e redução sistemática de seus investimentos, a Petrobrás mostra que se fortaleceu em 2023, retomando ciclo de crescimento e consolidando modelo de gestão do governo Lula”.

Além de um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da companhia, todos os indicadores operacionais da companhia foram positivos, conforme balanço da empresa divulgado na semana passada, após reunião do conselho de administração da companha, na última sexta-feira, 8.

“Os investimentos voltaram a crescer na atual administração da Petrobras, saindo de R$ 49,6 bilhões, em 2022, para cerca de R$ 60,3 bilhões em 2023, com elevação de 21,5% na comparação anual. A ampliação de investimentos tem que continuar e em escala ainda maior, pois é fundamental para solidez financeira da Petrobras, desenvolvimento do país, geração de emprego e renda”, ressaltou Bacelar.

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