Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > ECONOMIA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
27/02/2024 às 19:14 - há XX semanas | Autor: Da Redação

ALERTA

Especialistas veem risco para segurança energética e alimentar no país

Matriz energética balanceada é visto como caminho para evitar crise econômica

Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia
Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia -

O Brasil tem avançando em iniciativas que envolvem as fontes renováveis, em especial para a chamada descarbonização da economia, que consiste no investimento em energias alternativas limpas que emitam apenas aquilo que o planeta pode absorver. Em movimento recente, a Bahia fez posicionamento de nível mundial nesse sentido, o governador Jerônimo Rodrigues lançou o Atlas do Hidrogênio Verde, durante a COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. No entanto, especialistas alertam que essa e outras ações de transição de matriz energética precisam ser feitas de forma balanceada, visando a garantia da segurança alimentar e do bem-estar social da população.

O sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, defende que uma matriz energética balanceada é marcada pelo convívio com fontes despacháveis e fontes intermitentes. A primeira categoria define aquelas em que é possível controlar a geração de energia, com a possibilidade de armazenamento e produção em determinados momentos, a exemplo de hidrelétrica, biomassa, biogás.

Já as fontes intermitentes são, em sua maioria, as fontes renováveis: energia solar, eólica. "A literatura internacional é bastante vasta em elucidar as diferenças entre fontes variáveis intermitentes de energia renovável (do inglês Variable Renewable Energy – VRE), como eólicas e solares, e as fontes despacháveis de energia (do inglês baseload energy sources). De maneira suscinta: fontes despacháveis podem ser utilizadas 24 horas por dia e serem estocadas (água, biomassa e combustíveis). Fontes intermitentes não podem ser utilizadas 24 horas por dia nem serem estocadas (sol e vento)", explica.

O consultor enérgico Bruno Pascon partilha da ideia de que a matriz energética precisa avançar de forma equilibrada. E a justificativa nasce de questões que estão relacionadas com as necessidades sociais.

"O consumo de energia pode variar de forma horária, mas o consumo de energia ocorre 100% do tempo (24 horas por dia). Não tem sol a noite. Não há vento 24 horas por dia. Logo, é imprescindível que alguma fonte estocável ou despachável complemente as fontes intermitentes para que todos tenham acesso à eletricidade 24 horas por dia".

Barato pode sair caro

Os especialistas acrescentam que elaborar comparação entre fontes de energia somente pelo fator preço aumenta o desafio de projetar matrizes energéticas confiáveis, robustas, seguras e que atendam os anseios da população.

Um exemplo é o fato da usina a gás custar R$221,74 por Quilowatt-hora (kWh) gerado, enquanto a usina solar custa cerca de R$87,71 por MWh, sendo uma solução mais "barata" que a primeira opção, pela lógica de preço. No entanto, uma usina solar tem fator de capacidade de geração de 25%, que representa o quanto ela gera em relação ao máximo que poderia gerar, dentro de determinado período de tempo. Este indicador na usina a gás natural é de 85%.

Neste cenário, os países que aceleraram a transição energética para fontes renováveis intermitentes sem a garantia da segurança energética convivem com altos custos de eletricidade, em especial na relação de manutenção com os recursos naturais presentes no planeta. Os consultores explicam que o impacto para a sociedade, principalmente para a segurança alimentar, passa por esse jogo de "causa e consequência".

"Se a água se torna escassa por ausência de chuvas comprometendo a recuperação de reservatórios (incluindo os subterrâneos, os aquíferos), se o preço de energia se torna mais alto, pois não há água ou fontes despacháveis como o gás natural para garantir a segurança do suprimento e esse preço torna mais cara a produção de fertilizantes, a falta de segurança energética inflaciona a economia e a produção de alimentos", alertam os especialistas.

Nesse sentido, eles concluem que preocupar-se com segurança energética e alimentar, através de um planejamento que olhe todos os atributos de cada fonte de energia, e não apenas o preço, é fundamental para o enfrentamento de crises sanitárias, crises geopolíticas e as crises econômicas.

Veja o artigo de Adriano Pires e Bruno Pascon:

>>>Segurança Energética e Alimentar

Assuntos relacionados

alimentação energia fontes renováveis Segurança transição energética

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

alimentação energia fontes renováveis Segurança transição energética

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

alimentação energia fontes renováveis Segurança transição energética

Publicações Relacionadas

A tarde play
Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia
Play

Saiba detalhes do complexo eólico de R$3 bilhões inaugurado na Bahia

Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia
Play

Chefe Dani Façanha mostra como fazer siri de forma sofisticada

Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia
Play

Shopping abre às 6h e recebe grande movimento em Salvador; veja

Parque de Energia Solar em Caetité, na Bahia
Play

Feira Baiana de Agricultura Familiar terá produtos de diversas regiões

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA POLÍTICA