OTIMISMO
Política industrial será positiva para Bahia, diz presidente da Fieb
Em visita ao A TARDE, Carlos Henrique Passos disse que projeto deve resolver gargalos da produção do Estado
Por Alex Torres e Carla Melo
A nova política industrial do Brasil, anunciada nesta semana pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem sido celebrada pelo setor produtivo, que vislumbra uma neoindustrialização no país.
Entre os otimistas, está o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, que conversou exclusivamente com A TARDE durante visita institucional ao grupo. O gestor foi recebido pelo presidente João de Mello Leitão, pelo diretor de relações institucionais, Luciano Neves, e por demais líderes da empresa.
“O setor industrial de modo geral vem enfrentando desafios para manter sua participação no PIB. A nova política industrial traz, entre seus principais pilares, oportunidades para que o setor possa ter um desempenho maior na Bahia, através do fortalecimento da agroindústria e da indústria energética. Isso tudo tem a ver com o estado, já que é um grande produtor de alimentos, e nós precisamos agregar valor a esses produtos agrícolas através de um processo industrial”, aponta.
Gestores que integram o Sistema Indústria na Bahia, liderado pela Fieb, também estiveram no encontro, como Clessia Lobo, superintendente executiva de Educação e Cultura do SESI, Edneide Lima, superintendente do IEL, Luís Breda, diretor do SENAI Cimatec, Evandro Mazo, diretor regional do SENAI e Mônica Mello, gerente de Comunicação da FIEB.
Carlos Henrique Passos, que está há mais de dois meses à frente da Fieb, disse ainda que a federação tem mantido conversa com empresários industriais baianos para acompanhar o cenário e resolver gargalos da produção do estado.
“Na região oeste da Bahia, tivemos depoimentos sobre a performance da rede elétrica atual que gera prejuízos ao setor industrial. Nós temos a questão da logística referente a rodovia, ferrovia, ligação com os postos da Bahia. É preciso resolver os gargalos da infraestrutura, e os problemas de capacitação de pessoas. Esses dois vetores dariam a Bahia uma nova projeção industrial porque nós somos ricos em matérias vindas da mineração, do agronegócio, do meio ambiente de uma forma geral”, conclui o engenheiro.
Desafios da indústria baiana
Recentemente, o presidente da Fieb se reuniu com gestores da Prefeitura de Vitória da Conquista para discutir a qualificação da mão de obra do setor industrial, principalmente do polo têxtil no município. Segundo Carlos Henrique Passos, a federação trabalha para enfrentar o desafio da escassez de mão de obra qualificada no estado da Bahia através de programas para o setor.
“O desafio da capacitação passa por dois caminhos. O primeiro caminho é qualificar os atuais industriários. Nós estamos com alguns programas voltados para aproximar o sistema das indústrias e oferecer essa capacitação para requalificar quem já é empregado do setor industrial. E um outro grande papel é atrair o jovem principalmente para os cursos técnicos profissionais. Passamos por um tempo recente um fortalecimento muito grande da formação em graduação, porque o desejo principal dessas gerações é chegar à universidade e isso se dá com uma necessidade de a gente prestigiar melhor a formação técnica”, aponta o presidente.
Com a saída do empresário Ricardo Alban para novo mandato da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Henrique Passos assumiu a presidência da Fieb com a missão de seguir os pilares de interiorização dos serviços da indústria baiana e o fortalecer as micro, pequena e média empresas industriais na Bahia e a prestigiar o setor de inovação que é capitaneado pelo Cimatec.
“Com a minha chegada, a minha percepção de melhoria em cima do que eu vinha fazendo é a busca de integrar os serviços das casas que pertencem ao sistema FIEB, buscar uma integração que a gente possa convergir o papel de cada um, mas dentro de um foco da indústria como grande através do nosso sindicato e através dessa integração de atuação, de atuação integrada, a gente possa maximizar aquilo que não seja atividade fim para permitir sobrar mais recursos, para prestar mais serviços ainda às indústrias da Bahia.
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