Preço do barril de petróleo registra forte queda
Contratos futuros chegaram a ficar abaixo do valor registrado no período antes da guerra na Ucrânia
O preço do barril de petróleo iniciou esta quinta-feira, 14, com queda de cerca de 2%. Na última semana, o produto sofreu queda de 10,47% no preço e o barril voltou a custar US$ 95, preço similar ao praticado antes do início da invasão russa à Ucrânia.
Rússia e Ucrânia têm papeis estratégicos nos mercados internacionais de diversos produtos, incluindo o petróleo. Com o início da guerra, as commodities sofreram consecutivas altas e chegaram a US$ 140.
Ontem, houve um movimento de recuperação à tarde: às 16h50, o barril do petróleo WTI caía 0,12% na Nymex, dos Estados Unidos, a US$ 96,17, após chegar a US$ 90,56, na mínima do dia, enquanto o do tipo Brent recuava 0,01%, a US$ 99,56, após tocar US$ 94,50 na mínima.
Nesta quarta-feira, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, defendeu a adoção de mecanismo para permitir que países comprem petróleo da Rússia, desde que o preço do barril fosse menor.
“O teto para o preço do petróleo russo é uma das nossas ferramentas mais poderosas para lidar com a dor que americanos e famílias em todo o mundo estão sentindo na bomba de combustíveis e nos mercados”, disse Yellen.
Baixa
Após a declaração, por volta das 10h, o preço do barril apresentou queda de 1,4%. Por volta das 12h35 o petróleo Brent era cotado a US$ 97,20, preço 2,4% menor que o praticado há uma semana.
Segundo previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o consumo de petróleo em todo o mundo em 2023 será de 103 milhões de barris por dia, 2,7% maior que este ano.
Nos últimos meses, a demanda global por petróleo vem sendo estabilizada, conforme aponta a OPEP.
Especialistas avaliam que ainda não é possível definir se a queda do preço do petróleo irá se perdurar, pois fatores como a guerra, uso de material para aquecedores na Europa no inverno e a Covid-19 tornam o cenário incerto.