FAZENDO CONTAS
Apoio de candidato do MDB pode definir eleição em Camaçari
Diferença entre Caetano e Flávio foi de apenas 559 votos
Por Anderson Ramos
A disputa pela prefeitura de Camaçari foi a mais acirrada na Bahia nas eleições de 2024. Com uma diferença de apenas 559 votos, Luiz Caetano (PT) saiu na frente no confronto com Flávio Matos (União Brasil), forçando um inédito segundo turno no município da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O petista contabilizou 77.926 votos válidos contra 77.367 do governista.
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Em um cenário tão apertado, o apoio de outros candidatos pode ser crucial para a vitória, e nessas circunstância Oswaldinho (MDB) pode ser o fiel da balança. O emedebista ficou em terceiro lugar no pleito com 1.110 votos. Os votos dos demais postulantes, Cleiton (NOVO), Cleiton Santos (PCO) e Lazinho (PMB) somados chegam a 952.
Caso Caetano consiga converter pelo menos 50% dos votos de Oswaldinho, ele garante sua volta à prefeitura camaçariense, já que Flávio, mesmo convertendo todos os votos dos demais candidatos, não conseguiria a virada.
Ao Portal A Tarde, o presidente de honra do MDB, Lúcio Vieira Lima, disse que a vontade é apoiar o petista, porém a aliança vai depender da posição de Oswaldinho.
“A política é a arte de conversar. Nós entendemos que do mesmo jeito que Oswaldinho saiu candidato, temos que ter o que conversar. Vamos fazer primeiro o debate técnico com o candidato e a direção partidária. Logicamente que a vontade e o desejo é apoiar Caetano, mas a gente não têm o hábito de sair ofuscando quem quer que seja. Vamos ver se tem algo intransponível de ambas as partes. Nós vamos valorizar muito a opinião do candidato”, afirmou.
Lúcio também descartou que um possível apoio de Oswaldinho seja garantia de vitória para Caetano, mas reforçou que qualquer ajuda é bem-vinda, independente do cenário.
“Não é a questão de ser o fiel da balança ou não. Todo apoio que vem é o fiel da balança, até porque não podemos ser engenheiro de obra pronta. Se soubessem que a diferença seria essa, com certeza Caetano teria se esforçado mais para ter o apoio do MDB. Não choro o leite derramado, a gente tem que trabalhar para o que é conveniente para a Bahia. O resultado é consequência”, pontuou.
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