ELEIÇÕES
Geraldo confessa apoio a Bolsonaro em 2018 e justifica mudança de lado
“Eu não tenho problema de ser liderado; eu não gosto é de ser chefiado”, disse o candidato
Por Lula Bonfim
O vice-governador Geraldo Júnior (MDB), candidato à prefeitura de Salvador nas eleições e 2024, assumiu nesta quarta-feira, 14, durante entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. De acordo com o emedebista, a escolha partiu da orientação e seus líderes políticos na época, o então prefeito ACM Neto (União Brasil) e o atual prefeito Bruno Reis (União Brasil).
“Meu partido à época não era o MDB, então eu não me incluo nesse processo. Eu tenho uma história no MDB que começa em 2020. Então, em relação a uma decisão conjunta que houve do apoio, em 2018, a Bolsonaro, foi uma decisão acompanhada pelos partidos que faziam parte da base política [de ACM Neto]. Muitos na resistência a isso, mas isso é coerência de um grupo político”, explicou Geraldo.
Segundo o vice-governador, a mudança de posicionamento em 2022, já no MDB, foi voltada à garantia da democracia, que, na avaliação de muitos, estava sendo ameaçada pelo governo de Bolsonaro.
“Nós tivemos a oportunidade, em 2022, de tornarmos o rumo da bússola para o exercício da democracia. Em 2022, nós apoiamos [Lula] nacionalmente, fizemos o que deveria ser feito, tomamos a decisão acertada, uma decisão de partido e minha, política. Vencemos nacionalmente e o MDB foi fundamental para a vitória, com o apoio da ministra Tebet. Hoje, há a formação de três ministros [emedebistas] no governo do presidente Lula”, justificou o candidato.
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Geraldo Júnior também comentou sua mudança de grupo político na Bahia, quando deixou a base de apoio ao prefeito Bruno Reis em 2022, para se tornar candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), que sairia vencedor em outubro daquele ano. Na época, o emedebista era presidente da Câmara Municipal de Salvador e considerado um grande aliado da gestão municipal.
“Em 2022, fui escolhido por este grupo político, porque já não aguentava mais e tem critérios que estão associados à política: primeiro, é a satisfação pessoal; em segundo, a felicidade; e terceiro, a vaidade não me incorpora. Eu não tenho nenhum problema de ser liderado. Eu não gosto é de ser chefiado. Eu estava perdendo a minha autonomia”, revelou Geraldo.
“E olhe que eu resisti naquela Câmara Municipal. No regimento, o vereador vota. No regimento, o presidente coloca para a votação. E eu sobrestei a pauta várias vezes naquela Casa”, acrescentou.
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