ELEIÇÕES
“Tarifa zero é o futuro do transporte”, defende Kleber Rosa
Para o candidato, prefeitura e setor privado podem sustentar 100% o custo do sistema de ônibus em Salvador
Por Lula Bonfim
O candidato à prefeitura de Salvador pelo PSOL, Kleber Rosa, defendeu na manhã desta terça-feira, 13, durante entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, a adoção de tarifa zero no sistema de transporte público da cidade. Segundo ele, é fundamental que a população mais pobre tenha acesso à mobilidade urbana gratuita.
“Tarifa zero é o futuro do transporte. Não é só no Brasil, não. É no mundo. É a mobilidade ser entendida como um direito. As pessoas não têm acesso à educação sem pagar? Não têm acesso à saúde sem pagar? Precisa ter acesso à mobilidade sem pagar. E isso muda drasticamente a qualidade de vida na cidade”, afirmou Kleber.
A proposta do psolista é baseada na ideia de projeto de lei apresentada pelo Observatório da Mobilidade Urbana de Salvador (ObMob) à Câmara Municipal em junho, substituindo o vale-transporte pago pelos empregadores por uma taxa, que financiaria, em conjunto com o subsídio já dado pela prefeitura, a totalidade do custo do transporte público.
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“A nossa proposta é parceria público-privada para financiar, de forma universal, o transporte. A gente sabe que hoje o transporte é financiado por subsídios; pelos pagantes, o povo que paga a tarifa; e por setores empregadores, através do pagamento do vale-transporte, que todo trabalhador recebe. Isso significa que os empregadores também financiam parte do recurso”, explicou Kleber Rosa.
Na ideia do candidato, a prefeitura de Salvador deverá continuar subsidiando parte dos custos do sistema, mas agora ajudada por uma nova taxa, custeada pelos empregadores da cidade, de forma semelhante à do vale-transporte. Isso isentaria a população do pagamento da tarifa.
“A nossa proposta é ampliar dois segmentos e anular o terceiro. Não é justo que um sistema que é importante para toda a sociedade seja financiado por quem tem menos condição de pagar, porque, no final das contas, o grosso do financiamento quem paga é o povo mais pobre. É justamente quem não tem uma moto, não tem um carro, não pode pegar um Uber e não pode pegar um táxi”, acrescentou o psolista.
“Como o sistema é financiado pelo povo, as pessoas começam a não poder pagar. E quem paga termina tendo que pagar por quem saiu do sistema. E assim a tarifa vai ficando mais cara. Salvador é uma das tarifas mais caras do Brasil e a mais cara do Nordeste”, finalizou Rosa.
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