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NEGÓCIOS

Lidar com jovens da Geração Z é um desafio para 68% dos colegas de trabalho

Aqueles nascidos entre 1997 e 2010 prezam por criatividade e flexibilidade e revolucionam o mercado

Por Joana Lopes

18/08/2024 - 7:59 h | Atualizada em 19/08/2024 - 11:59
Helen busca empresas que tenham “uma
visão ampla”
Helen busca empresas que tenham “uma visão ampla” -

Falta de comprometimento, impaciência, insubordinação. Essas são algumas das características associadas à Geração Z – os nascidos entre 1997 e 2010– no mercado de trabalho. Lidar com esses jovens no ambiente profissional foi apontado como desafio por 68% de seus colegas, de acordo com o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW.

Esse grupo, entretanto, traz qualidades que podem ser um diferencial no fluxo das

empresas. “A importância da integração geracional é enorme. Cada vez mais, principalmente com a inclusão de novas ferramentas, como a Inteligência Artificial, os profissionais da Geração Z têm mais possibilidades de se adaptar e crescer no mercado”, comenta Giovanni Santos, diretor da escola de negócios Febracis, no Distrito Federal.

Para Santos, o maior desafio para liderar a Gen Z, como é chamada, é adaptar a cultura de regras das empresas ao perfil dos novos profissionais. Afonso Almeida, psicólogo e gerente de carreiras do Instituto Evaldo Lodi (IEL), concorda: “É um cenário desafiador

para ambos os lados. Enquanto os empregadores buscam talentos alinhados à sua organização, esses jovens querem postos de trabalho que atendam suas necessidades de criatividade e autenticidade”.
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De acordo com Almeida, esses jovens profissionais estão mais exigentes acerca das condições de trabalho e pouco resilientes para as etapas do desenvolvimento de uma carreira, tendo o imediatismo de resultados e ganhos como uma das suas expectativas. “Trata-se de uma geração que tem mais claro o que quer e como quer negociar isso. Se não têm o retorno à altura da inovação que levam ao ambiente corporativo, saem da empresa e vão para outra. Muitos preferem até trabalhar de maneira informal ou empreender”.

Pensamento crítico

O que destaca a Geração Z no mercado de trabalho não é só o domínio das mais recentes tecnologias, mas um maior pensamento crítico, segundo o psicólogo. “Apesar de terem se formado num momento em que tudo é muito rápido e imediatista, eles têm uma grande capacidade de análise. Por isso, o que buscam são espaços onde suas ideias sejam implementadas ou pelo menos acolhidas e onde possam manter sua personalidade e autenticidade.”

“Propósito” é outra palavra-chave para uma geração que busca desenvolver atividades com mais sentido e conectar os objetivos de carreira com os valores de vida. “Eles não querem fazer coisas operacionais, sem saber qual é a finalidade daquela

Caio pontua que seu objetivo é conquistar independência Tatiane Freitas / IEL função”, diz Almeida. Foi justamente o que Helen de Freitas, de 21 anos, buscou em sua experiência de estágio. No sexto semestre do curso de Sistemas de Informação, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), a estagiária da IPQ Tecnologia quer atuar em empresas que tenham “uma visão ampla de sociedade, que não visem só o lucro, mas tenham outros objetivos também”.

No ano passado, Helen foi uma das vencedoras do Prêmio IEL Jovens Talentos, graças a um aplicativo de segurança pública que desenvolveu no estágio. “Por conta da onda de violência nas escolas brasileiras, pensei num app que ajuda as vítimas a acionar as autoridades imediatamente, com transmissão audiovisual em tempo real da situação. O design é simples e eficiente, para que as vítimas, já em situação de estresse, não precisem acionar vários botões para pedir socorro”, conta ela. O aplicativo, que está sendo desenvolvido pela IPQ, também tem foco nas vítimas de violência doméstica. “Mesmo que o agressor tire o celular da mão da vítima, a transmissão continua, só podendo ser encerrada pelas autoridades que recebem o alerta”, explica Helen.

Tecnologia é aliada A oportunidade de desenvolver soluções complexas é uma das coisas que mais motivam a estudante no estágio, no qual está há um ano e meio. “Tudo é muito facilitado na minha geração, com a internet e as redes sociais, e agora a IA automatizando tudo. Por isso, nós precisamos ter desafios. Isso nos ajuda a lidar com alegrias e frustrações".

Caio César Silva, de 22 anos, recém-formado em Segurança do Trabalho, também tem um perfil “determinado a resolver problemas”. Ele também foi premiado no Jovens Talentos do IEL em2023, cuja edição deste ano acontece no dia 21 de agosto, por implementar soluções inovadoras de controle na empresa em que estagiava. “Uma vez que o analista saiu de férias, eu, com horas de estagiário, dei conta das demandas dele. Meu

objetivo é conquistar independência financeira, tenho que fazer um pouco a mais”, conta.

Caio personifica as características profissionais de sua geração: tem pensamento crítico e agilidade para pensar novas soluções e busca reconhecimento compatível aos seus feitos. “Queria ser contratado naquela empresa, mas por ter 20 e poucos anos, sentia que era tratado como criança, puxavam as rédeas o tempo todo. Hoje, quero trabalhar com flexibilidade de horário, com autonomia para ser responsabilizado pelo resultado do que entrego. Não acredito que o trabalho seja a coisa principal da minha vida, mas isso não me impede de dar o melhor do meu desempenho”, diz.

Para se adaptar a um mercado em efervescente mudanças com a chegada desses jovens talentos, as empresas mais estratégicas têm apostado no que Afonso Almeida chama de “RH ambidestro”, focado no recrutamento e manutenção de bons profissionais, enquanto também atua com consultores, freelancers e contratos temporários ou por projetos. “Ainda ressoa a mensagem deixada pela pandemia de Covid-19 de que o mais importante é as pessoas cuidarem de si mesmas em vez de dedicar tanto tempo e energia ao trabalho.

As corporações que melhor se adaptarem a isso são as que terão melhor desempenho nesse novo cenário”, conclui o psicólogo.

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