AUMENTO DE CASOS
Câncer igual ao de Preta Gil já causou 1,7 mil mortes na BA em 4 anos
Cantora segue em tratamento contra câncer colorretal, que, em 2023, gerou 1.441 internações no estado
Por Da Redação
Preta Gil anunciou no mês passado que "o câncer voltou", surpreendeu seu público e gerou uma grande comoção. Ela anunciou que está novamente em tratamento contra o câncer colorretal, e assim como a artista, centenas de homens e mulheres lutam contra a doença na Bahia.
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De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até junho deste ano, 598 pessoas foram internadas por câncer de reto na rede hospitalar do SUS. Os números têm crescido a cada ano desde 2020, quando foram 1.068 hospitalizações.
Em 2023, 1.441 pessoas (668 homens e 773 mulheres) precisaram ser hospitalizadas em função de uma neoplasia maligna da junção retossigmoide, do reto e do ânus e canal anal.
Ao Portal A TARDE, a Sesab revelou que o número de mortes também cresceu nos últimos anos. Em 2020, 396 pessoas morreram. Nos anos seguintes, até 2023, foram 424, 461 e 477 falecimentos, respectivamente. Ao todo, em quatro anos, 1.758 óbitos foram registrados.
Nos seis primeiros meses de 2024, 307 mortes em função do câncer colorretal foram confirmadas na Bahia.
Cirurgia de amputação retal
No último final de semana, Preta Gil revelou que passou por uma cirurgia de amputação retal durante o tratamento contra o câncer colorretal. Em entrevista ao Portal A TARDE, a oncologista Lívia Andrade explicou que o procedimento envolve a remoção parcial ou total do reto, "principalmente se a doença estiver muito próxima ao ânus". "Nestes casos é difícil a preservação do reto", declarou.
"Após esta cirurgia, o paciente pode necessitar do uso de uma bolsa de colostomia, onde ocorre um desvio do trânsito do intestino e as fezes são coletadas nesta bolsa", explicou a especialista.
A médica também destacou que depois de uma amputação do reto, o paciente se depara com uma nova rotina, especialmente, se houver a necessidade de uma colostomia. Os pacientes passam a ser acompanhados por médico de forma contínua, além de ter um suporte nutricional, apoio psicológico e de estilo de vida diferente.
"Os principais estigmas relacionados a colostomia são de que os pacientes acabam limitando sua vida social, dificuldade em aceitar a mudança do corpo, preocupações com odores e problema com a vida sexual. Por isso, importante ter todo o apoio da família, amigos e equipe multiprofissional na adaptação a esta nova fase da vida", disse Andrade.
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