DESABAFO
Oruam se revolta e sai em defesa de MC Poze após prisão: “Covardia”
Cantor usou as redes sociais para desabafar sobre a prisão do amigo
Por Edvaldo Sales

A prisão de Marlon Brandon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, na manhã desta quinta-feira, 29, deixou o funkeiro Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, revoltado. O rapaz usou as redes sociais para desabafar.
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Poze foi detido por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) em Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro. O artista é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
O que Oruam falou?
Filho do traficante Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho (CV), Oruam disse que está “muito triste” a prisão do amigo. “O Estado gosta de envergonhar nós (sic). Algemaram o Poze, nem precisava disso. O cara é exemplo para várias pessoas. Todo mundo sabe que isso daí é uma mentira. Todo mundo sabe que o Poze é cantor. Ele canta em baile de favela, mas não é envolvido com facção nenhuma. Maior covardia”, desabafou.
Veja o desabafo:
🚨 Oruam sai em defesa de MC Poze do Rodo:
— OUVE MUITO! (@ouve_muito) May 29, 2025
"Todo mundo sabe que isso daí é uma mentira. Todo mundo sabe que o Poze é cantor, ele canta em baile de favela, mas não é envolvido com facção nenhuma, não." pic.twitter.com/PFcuEJNv0r
Na sequência, o cantor divulgou um print de uma conversa com a mãe Márcia Gama. “Meu filho, estou muito triste. Por favor, esses caras estão querendo fazer isso com você. Não dá brecha, Mauro. Evita”, diz ela.
Prisão de MC Poze
Na manhã desta quinta-feira, 29, policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam o cantor de funk MC Poze do Rodo. O artista foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, Poze é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A investigação aponta que o cantor realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.
Além disso, a investigação afirma que o repertório das músicas entoadas por ele faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes.
A Polícia Civil afirma que “esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.
Um mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça, após a polícia apontar que os shows são financiados pelo Comando Vermelho, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados.
Um desses eventos foi realizado no dia 19 de maio deste ano, na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados. O show, onde o cantor teria cantado músicas enaltecendo a facção criminosa, ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.
Ainda conforme a Polícia Civil, as letras de Poze extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”.
Quem é MC Poze do Rodo?
Dono de hits como ‘Essência de Cria’, ‘Vida Louca’ e ‘A Cara do Crime’, o MC Poze do Rodo ficou bastante famoso no cenário do funk carioca nos últimos anos. O artista é conhecido por ostentar um estilo de vida exuberante.
Poze nasceu no Rio do Janeiro e chegou a se envolver com o tráfico na favela do Rodo, quando ainda era adolescente. Ele costuma afirmar que o nascimento de uma das filhas foi uma das motivações para “deixar o crime”.
Nas músicas dele, são comuns letras que questionam a violência sofrida por jovens de favelas do Rio de Janeiro.
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