JOGOS DE AZAR ONLINE
Quem são os integrantes da máfia chinesa ligados à advogada de Deolane
Eles coordenaram as tratativas para a abertura de empresas interpostas de fachada
Por Isabela Cardoso
A máfia chinesa do mercado de jogos de azar online no Brasil teria contado com a participação da advogada da influencer Deolane Bezerra, a ex-BBB Adélia Soares. Segundo a polícia, ela atuava como administradora da empresa e a assinatura do contrato social, desempenhando um papel ativo nos negócios.
Alvos de investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no país, mafiosos asiáticos coordenaram as tratativas para a abertura de empresas interpostas de fachada, que passaram a funcionar como instituições de pagamento. Com isso, a lavagem de dinheiro correu descontrolada.
Investigadores da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) descobriram uma operação gigantesca de exploração ilícita de cassinos on-line, instrumentalizada por um laranjal de empresas interpostas que aproveitam do desregulado setor de instituições de pagamento para fazer fluir o dinheiro ilegal obtido por meio da contravenção. Tudo com participação da advogada e ex-BBB Adélia.
Leia mais:
>> Mãe de Deolane Bezerra é suspeita de tráfico de drogas, aponta investigação
>> Irmãs de Deolane pagam fãs para ficarem em frente à prisão
>> Antonia Fontenelle leva a melhor em batalha judicial contra Deolane
A investigação individualizou os mafiosos chineses participantes da abertura irregular de empresas. Fuhao Liu, Mingyang Li e An Hu desembarcaram no Brasil em 24 de maio deste ano, com visto de turismo. No entanto, o trio tratou da abertura das firmas fraudulentas e, logo depois, deixou o país.
O esquema criminoso está relacionado ao chamado “Jogo do Tigrinho”, uma forma de exploração ilegal de jogos de azar. A apuração conduzida pela 9ª DP revelou que um grupo chinês foi responsável pela criação e operação das atividades. A PlayFlow Processadora de Pagamentos Ltda., empresa criada recentemente, é um dos principais focos da investigação.
Com o rompimento do contrato entre outras duas empresas, a Okpayments e AnSpacePay, o grupo chinês buscou alternativas para continuar a operação ilegal, segundo a PCDF. Nesse contexto, a PlayFlow surgiu, com objetivo de receber pagamentos provenientes de apostas ilegais.
A empresa foi registrada na Junta Comercial de São Paulo (JUC-SP) em 11 de julho de 2024. Adélia de Jesus Soares, que figura como administradora da firma, é apontada como elo crucial no esquema. As investigações revelaram que a constituição do negócio ocorreu de maneira irregular. Com uso de documentos falsificados de uma empresa fictícia das Ilhas Virgens Britânicas, a Peach Blossom River Technology LTD, a PlayFlow ficou registrada como representante dessa entidade no Brasil.
Para os investigadores, por ser advogada, Adélia Soares tem conhecimento profundo das leis e dos regulamentos brasileiros. Isso levantou suspeitas sobre a participação deliberada dela no esquema, pois deveria estar ciente das irregularidades no processo de registro da PlayFlow.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes