Abel e jogadores do Inter dão nó tático no Barcelona

O chefão Abel Braga não montou a estratégia do Inter campeão do mundo sozinho. Horas antes do duelo, ele se reuniu com os jogadores para se certificar que seu plano de marcar forte o tempo todo era mesmo a melhor maneira de vencer o Barcelona. Todos os jogadores concordaram que nossa maior chance na partida era mesmo marcando bem os jogadores do Barcelona. E foi o que fizemos.

Antes da disputa, Abelão tentou tornar o jogo um encontro europeu, para diminuir a inferioridade técnica dos brasileiros. Disse que sua equipe iria jogar como o inglês Chelsea ou os espanhóis Real Madrid e Sevilla, clubes que superaram o Barcelona nesta temporada.

Havíamos estudado bem os jogos do Barça contra o Chelsea, Werder Bremen e Real Madrid. Sacrificamos um pouco o futebol vistoso e a nossa vitória acabou sendo o triunfo da determinação, da vontade de espírito, resumiu.

O Inter foi gaúcho no Japão. Jogou a seu estilo e aos estilo dos clubes do Rio Grande do Sul, com pegada forte, marcação implacável e com seus jogadores de frente, como Fernandão e Alexandre Pato, recuando para ajudar na marcação.

Não demos espaço aos jogadores adversários, como o América do México fez e tomou quatro gols. Fomos um time disciplinado, marcador. Abel também comentou sobre Ronaldinho Gaúcho. Disse que o elenco também concordou em não marcá-lo individualmente, mas por zona, em todos os setores do campo. Como o Inter sempre mostrou ao longo da temporada atletas de boa marcação, todos ficaram seguros da decisão.

Pedi apenas para que os jogadores o vigiassem o tempo todo, sempre por zona. Ele não poderia ter espaço, comentou o treinador.

A conquista do Mundial de Clubes e da Libertadores e a boa temporada no Campeonato Brasileiro - foi 2º colocado - fizeram Abel Braga começar a pensar em Seleção Brasileira. Não agora que o cargo está ocupado por Dunga, mas ele acredita ser mais um nome nas próximas listas para o cargo.