CLÁSSICO
Ba-Vis além do futebol: o clássico que passa das quatro linhas
A tradição de Bahia e Vitória em corrida, basquete, vôlei e futevôlei
Por Marina Branco

Em Salvador, quando pensamos em clássico, se pensa em Ba-Vi. O confronto entre Bahia e Vitória vai para o jogo de número 503, neste domingo, 18, e carrega tanto emoção, quanto tradição nos campos da Fonte Nova e do Barradão. Mesmo com grande histórico dentro das quatro linhas, os dois clubes têm ainda mais história em outras modalidades, passeando por diversos esportes.
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Corrida
O primeiro e mais clássico, além do futebol, são as corridas realizadas pelos dois clubes. A Corrida do Bahêa teve sua primeira edição em dezembro do ano passado, e reuniu mais de três mil participantes, dois mil a menos do que a previsão para a próxima corrida, em 8 de junho de 2025, no Jardim de Alah.
No projeto, os torcedores tricolores correm percursos de 5 e 10km, divididos nas categorias geral, associados do Bahia, idosos e pessoas com deficiência. Todos os participantes recebem medalhas de participação, e os 50 primeiros colocados de cada categoria levam para casa também o prêmio de performance.

O Vitória não fica para trás. Do lado rubro-negro, está a Corrida do Leão, que teve sua primeira edição em novembro de 2024 e acontece pela segunda vez neste domingo, 18 de maio de 2025, no Barradão. Em dia de Ba-Vi, os torcedores correrão percursos de 5 e 10km, além de uma Corrida Kids para crianças entre quatro e 15 anos.
As categorias são geral, associados “Sou Mais Vitória”, idosos, pessoas com deficiência e divisão por faixa etária. No Barradão, levam troféu os cinco primeiros colocados nas categorias geral, SMV, PCD e faixas etárias.

Basquete 3x3
Entrando nas quadras de basquete, as duas equipes têm times da modalidade 3x3, com o objetivo de fortalecer a presença dos clubes em modalidades olímpicas e urbanas. A equipe tricolor existe desde fevereiro deste ano, com jogadores como Léo Branquinho (capitão da seleção brasileira e quarto no ranking mundial), Jackson Henrique, Gabryeel Augusto e Kenny Obinna, sob o comando do treinador Juninho.
No basquete 3x3, o Bahia já foi vice-campeão da primeira etapa do circuito Road to Challenger, vice-campeão baiano e campeão do Superfour, torneio que disputou com o Paris Saint-Germain, o Botafogo e o próprio Vitória e venceu após somente três dias do anúncio do time.

O campeão baiano de Basquete 3x3 em 2025 foi o Vitória, que venceu o Bahia na final por 12 a 11. Além disso, a equipe rubro-negra também foi bicampeã da etapa estadual do Campeonato Brasileiro de Basquete 3x3 e vice-campeã do Campeonato Brasileiro de Basquete 3x3 em 2023, perdendo para o Praia Clube na final.
No Vitória, jogam os destaques Edu Mariano, Victor Palma, Marcelo Roque e Gabriel Mendes, principais rostos do time que já tem tradição na modalidade. No 3x3, o Vitória é uma das equipes de maior destaque tanto regional quanto nacional.

Basquete
Além do 3x3, ambos os times têm equipes de basquete comum, tendo sido o Bahia o primeiro baiano a entrar na modalidade no ano de 1934. A profissionalização veio em 1980, com dois títulos estaduais na categoria adulta e seis na categoria sub-22 até os anos 2000.
Em 2025, o Bahia está retornando às quadras depois de um período de afastamento, mirando no Novo Basquete Brasil, a NBB. O projeto tem como coordenador técnico o ex-jogador da seleção brasileira André Ratto, e deve ser estreado nos Jogos Universitários da Bahia (JUBA).
Para o Vitória, a história no basquete começou em 1940, quando ganhou o apelido de “Academia” pela técnica refinada que seus atletas apresentavam. Da década de 40 até os anos 2000, o clube teve um projeto de construção no basquete, se tornando o primeiro representante da Bahia no NBB no ano de 2015.

Na temporada 2016/17, o Vitória foi o terceiro colocado da NBB, se classificando para a Liga Sul-Americana de Basquete. Em 2018, enfrentou problemas financeiros relacionados a parcerias, e acabou entrando em hiato, até retornar em 2022.
A volta veio com tudo - título da Liga Nordeste de Basquete em cima do Sport anotado logo de cara. Hoje, o clube está na Liga Ouro 2025, buscando uma nova vaga na NBB.
Vôlei
Saindo das cestas e indo para as redes, o Bahia se destacou no vôlei de quadra durante os anos 2000, entrando em um hiato que durou até 2025. Neste ano, o clube está na divisão de acesso do Campeonato Brasileiro Interclubes (CBI) Masculino Sub-21, onde já chegou à décima colocação.
Atualmente, a mira do Bahia é em um dia disputar competições nacionais, como a Superliga de voleibol.

Se um clube tem time, o outro também tem, e o Vitória esteve lado a lado com o Bahia no vôlei durante os anos 2000. De 2001, a 2003, foi destaque estadual e regional, precisando se afastar em 2004.
A volta do Vitória aconteceu em 2009, e foi histórica: todos os torneios que disputou no ano, o Leão venceu. Hoje, o clube tem categorias de base no vôlei, e foca na construção de novos atletas da modalidade.

Futevôlei
Estrelas no futebol, estrelas no vôlei - nada melhor que misturar os dois. No futevôlei, Bahia e Vitória também têm suas equipes, participando de competições nacionais. O Tricolor é, inclusive, o primeiro time oficialmente inscrito para a temporada 2025 da Liga Nacional de Futevôlei.
Em sua história, o Bahia já foi campeão brasileiro de futevôlei, título conquistado pelo quarteto Leandro, Marcelinho, Guga e Café. Hoje, o clube foca em um projeto de criação de escolinhas da modalidade.

O Vitória, por sua vez, treina futevôlei na Toca do Leão, o Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz, e na Academia de Futebol do Leão. Desde 2016, o clube realiza o projeto social "Vitória Cidadania", em que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social têm acesso a aulas gratuitas de futevôlei.
Quanto à competitividade, o Leão foi campeão do Pro Footvolley Tour em 2016 e da Copa Le Parc de Futevôlei em 2015, construindo seu legado em mais um esporte.

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