ARBITRAGEM
Comentarista da ESPN defende expulsão em Bahia e Botafogo
Para a comentarista de arbitragem Renata Ruel, o VAR errou em pedir a revisão do lance
Por Marina Branco

Quem assistiu ao jogo entre Bahia e Botafogo no último sábado, 3, pela sétima rodada do Brasileirão, acompanhou a confusão que tomou os últimos minutos de jogo. Em lance que dividiu opiniões, o goleiro John, do Botafogo, levou um cartão vermelho, posteriormente trocado por um amarelo após o VAR chamar o árbitro da partida para analisar a jogada.
O lance ocorreu após Jean Lucas sair de frente para o gol e tentar encobrir o goleiro alvinegro, que impediu a jogada com as mãos, só que fora da área. Na hora, John recebeu um cartão vermelho.
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No entanto, enquanto as luvas de goleiro já estavam sendo vestidas por outro botafoguense, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi chamado pelo VAR, e decidiu anular o cartão vermelho mostrado, o substituindo por um amarelo.
A troca gerou confusão fora de campo. Entre opiniões que acham a expulsão correta e outras que contestam o vermelho inicial, a comentarista de arbitragem da ESPN Renata Ruel justificou a expulsão, alegando que o árbitro não deveria ter desistido do cartão.
Para ela, o toque de mão foi realizado fora da área e impediu o gol de Jean Lucas, configurando lance para cartão vermelho. "A regra fala em impedir uma oportunidade clara de gol ou um gol. Você tem deduções na hora que o VAR chama e sugere revisão”, avaliou.
“Um zagueiro chegando, a possível direção da bola... Mas qual é a ação do John em relação ao atacante? Ele sai da área e põe a mão na bola tentando impedir um gol ou uma oportunidade clara de gol. Se o zagueiro ia chegar ou não, é dedução", comentou Renata.
A opinião da comentarista vai de encontro ao áudio divulgado da conversa entre Thiago Peixoto, árbitro de vídeo, e o juiz em campo. Na discussão, os dois chegaram à conclusão de que o atacante Nathan poderia evitar o gol de Jean Lucas mesmo se a bola passasse do goleiro. Assim, a análise definiu que o toque de mão fora da área não impediu um gol, por não ser oportunidade clara.
“Condições claramente de pegar a bola. Sugiro uma revisão porque o jogador defensor tem claramente chance de pegar a bola. Não tem velocidade suficiente. Você vai ver o goleiro pegando a bola fora da hora, uma bola que não é tão veloz, que pode ser pega pelo zagueiro. Nossas imagens têm chance de travar”, analisou o VAR.
“Ok, a bola foi fraca, o defensor ia pegar, vou voltar com o cartão amarelo. A falta existe”, respondeu o árbitro.
No entanto, a colunista não acredita que a revisão sugerida pelo árbitro de vídeo foi justa: "Para mim, o árbitro tinha acertado em campo e o VAR não deveria ter sugerido revisão. E muito menos o árbitro ter voltado atrás, mantém a decisão de campo”.
“A ação do John em colocar a mão na bola é de tentar impedir um gol ou uma oportunidade clara de gol. O resto ali é dedução. O que aconteceria se o John não toca na bola? Provavelmente poderia ter saído o gol. A gente não consegue dizer se o zagueiro chegaria ou não para impedir esse possível gol", completou.
Após a conversão em amarelo, a falta foi cobrada por Willian José e defendida por John, mantido em campo.
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