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NO TOPO DO MUNDO

Correndo a 100m de altura: conheça baiano campeão mundial de slackline

Matheus Vidal começou a praticar o esporte há apenas oito anos e já é top 1 do mundo na modalidade

Por Marina Branco

12/05/2025 - 13:59 h
Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline -

Quando se pensa nas grandes estrelas do esporte, é comum encontrar imagens de todos eles praticando a modalidade pela qual se apaixonaram desde pequenos. Simone Biles já competia como ginasta aos seis anos de idade, Lionel Messi entrou no seu primeiro clube aos sete, e Ayrton Senna já corria com apenas treze. Na adolescência, as estrelas do esporte já têm diversos espectadores decidindo se eles vão (ou não) vingar na modalidade. No entanto, para alguns, a trajetória de sucesso pode se desenhar de maneira bem diferente.

Matheus Vidal tinha 22 anos, morava no interior da Bahia, em Itamaraju, e trabalhava como instalador de antenas digitais. Entre dois serviços, uma conversa despretensiosa com seu chefe o levou a ver um vídeo de slackline, esporte em que o atleta se equilibra em uma fita de nylon, como uma espécie de corda bamba.

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A partir de então, ele não desgrudou mais. Aos 22 anos, se apaixonou pelo slack, se tornou o “Mago do Equilíbrio” e, apenas oito anos depois, se consagrou campeão mundial do esporte. “Quando vi a imagem, pensei imediatamente: é isso que quero fazer na vida”, conta.

Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline | Foto: JONAS KONIJNENBERG

Aos 30 anos, Matheus se tornou o atleta top 1 do mundo em slackline, após correr cem metros em apenas 46 segundos em cima de uma fita suspensa a cem metros de altura. Anteriormente, o feito mais impressionante na modalidade era do alemão Sascha Grill, que percorreu o mesmo percurso, mas em um minuto e sete segundos.

A Copa do Mundo de slackline foi disputada na Bélgica, e teve o baiano como único representante da América Latina. Contra o próprio Sascha, Matheus venceu em técnica, equilíbrio e velocidade, e se tornou o grande detentor do recorde mundial.

“Estou muito feliz com o resultado. É sempre uma honra muito grande representar o Brasil e a Bahia em competições internacionais. Volto para casa com a certeza que dei o meu melhor", afirma.

Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline | Foto: Divulgação

O futuro do slackline

O título mundial, apesar de ser o mais importante, não foi o primeiro da carreira de Vidal, que já havia quebrado o recorde de maior highline urbano das Américas em 2022. Atingindo a marca em São Paulo, no Vale do Pacaembu, ele percorreu 510 metros de fita (177 metros a mais do que o recorde da época) a 68 metros de altura, e com um detalhe a mais - de olhos vendados.

Assim, ele se tornou o maior atleta de highline do país, sem perder uma competição em oito anos. “No nosso país, temos em torno de oitocentos praticantes de highline, sendo apenas quatro deles baianos. Modéstia à parte, eu sou o que tem mais título no Brasil, e estou invicto desde 2017”, afirma.

Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline | Foto: Divulgação

Agora, os próximos passos já começam a serem planejados por Matheus, que mora em Cocalzinho de Goiás desde que saiu do Capão, onde morou por oito meses. O plano é seguir com a rotina de treinos e continuar dando aulas do esporte como fonte de renda.

Para competir fora do Brasil, Vidal conta com apoios do Governo do Estado da Bahia, que o ajudou a pagar a passagem de volta da Bélgica, mas pretende continuar sua preparação em território nacional. A próxima meta, após a Copa do Mundo, é o segundo mundial de 2025, disputado em Paris, na França, de 13 a 15 de junho.

Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline | Foto: JONAS KONIJNENBERG

“Se permanecesse na Bélgica até a prova de Paris, como era inicialmente a única opção possível, teria que trabalhar para me sustentar, não sobrando tempo para me dedicar aos treinos. Por isso, agradeço muito a Sudesb (Superintendência de Desportos do Estado da Bahia) pela possibilidade deste retorno que, com certeza, fará toda diferença na minha participação no próximo mundial”, comenta.

O objetivo final, no entanto, está onde tudo começou - Matheus sonha em voltar para casa, onde cresceu com sua família de pescadores, e espalhar a cultura do esporte e do slack pelo interior baiano.

Matheus Vidal, atleta de slackline
Matheus Vidal, atleta de slackline | Foto: Divulgação

“Quero voltar para Itamaraju e ensinar o skyline e o highline para as crianças, para os jovens. Não tive nenhum acesso à arte e ao esporte quando era mais novo, mas sonho em transformar vidas no meu estado”, afirma.

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