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Entenda por que astro da Copa de 94 largou o futebol para empreender
Aos 28, o sueco "Brinquedo Assassino" disse adeus ao futebol para ser empreendedor e fugir do tédio

Por Redação

A trajetória de Tomas Brolin no futebol foi marcada por conquistas expressivas e uma despedida precoce. Ídolo do Parma, destaque da seleção sueca na década de 1990 e astro na Copa do Mundo de 1994, o ex-atacante encerrou a carreira aos 28 anos, não por lesões, mas por uma decisão pessoal. Hoje, o ex-jogador, conhecido como “Brinquedo Assassino” pela semelhança com o personagem Chucky, vive uma vida completamente diferente — e feliz.
“Também nisto vejo a estranha beleza da vida, capaz de nos surpreender a qualquer momento. É por isso que quero procurar sempre novas experiências, e por isso driblo o tédio. Hoje vendo aspiradores e estou feliz, amanhã quem sabe...”, afirmou em entrevista à Gazzetta dello Sport.
Brolin explicou que a escolha por se aposentar tão cedo foi motivada pelo cansaço com o ritmo do futebol e pelo desejo de explorar novos caminhos. “Estava cansado de treinar todos os dias e tinha outros projetos na minha cabeça. Sempre fui muito curioso. Um dia, um homem veio falar comigo, era um personagem estranho, um inventor. Ele propôs a sua nova ideia de aspiradores. Fui literalmente atraído por ele e abri uma empresa com ele. Foi o empurrão que não me deu mais vontade de voltar ao campo”, contou.
Com espírito empreendedor, o sueco se aventurou em diferentes áreas após pendurar as chuteiras, como música, gastronomia, calçados e mercado imobiliário. Para ele, a decisão de mudar de vida foi natural. “Na época, todos me disseram que aos 28 anos era muito cedo para me aposentar, mas eu respondi: ‘Depende do que fizeste nestes 28 anos’. Eu, na minha carreira, tinha feito muito. E a vida é muito curta para fazer coisas chatas. Eu não faço coisas que não me divertem”, afirmou.
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O ex-atacante destacou que o futebol, apesar de marcante, deixou de ser prazeroso com o passar do tempo. “O futebol foi divertido quando eu era criança e tornou-se um emprego quando fiquei um pouco mais velho”, revelou. Ainda assim, ele guarda boas lembranças do que viveu dentro de campo. “Foi uma aventura inesquecível, porque ganhei muito: com o Parma, uma Copa da Itália, uma Supercopa da Europa, uma Copa da Uefa...”
“Com a Suécia, terminei em terceiro lugar na Copa de 1994. E, naquele ano, terminei em quarto lugar no ranking da Bola de Ouro, atrás de Stoichkov, Roberto Baggio e Paolo Maldini. Nada mau, certo?”, brincou o ex-jogador, que segue acompanhando o Parma como torcedor.
Mesmo longe dos gramados, Tomas Brolin parece ter encontrado o equilíbrio que buscava. “Precisava de outra coisa. A minha cabeça procurava novas experiências e ser empreendedor ajudou-me. Conheci um novo mundo, aprendi um ofício, voltei ao jogo. Cheguei à conclusão de que sempre quis estar envolvido em todas as áreas. Fiz isso com o futebol e fiz isso com a atividade empresarial”, concluiu.
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