CAMPEONATO BAIANO
Juiz relata invasão generalizada no Adautão; veja possíveis punições
Jogo entre Juazeirense e Bahia teve cenas lamentáveis após o apito final
Por Lincoln Oriaj
O Bahia levou a melhor sobre a Juazeirense e venceu por 2 a 1 de virada na tarde deste domingo, 25. A partida da 8ª rodada do Campeonato Baiano foi realizada no Estádio Adauto Moraes, que estava lotado. Após o apito final, torcedores e até um suposto dirigente do Cancão de Fogo invadiram o gramado e causaram tumultos.
Na súmula da partida, o árbitro Reinaldo Silva de Santana relatou as duas situações e identificou o possível membro da diretoria da Juazeirense como Celso Leal. Confira o relato:
“Informo que após o final da partida um suposto dirigente da Juazeirense, que estava vestido com a camisa da equipe, identificado pelo policiamento por nome de Celso Leal, invadiu o campo de jogo, indo na direção do quarteto de arbitragem, hostilizando e tentando a todo momento romper a barreira policial para agredir os árbitros, sendo contido pelo policiamento, onde o mesmo insultou e tentou também agredir a guarnição do Sargento Panta”, descreveu o árbitro.
“Informo também que após o final da partida houve uma invasão generalizada ao campo de jogo por parte da torcida da Juazeirense, onde o policiamento precisou fazer uso de instrumentos de menor potencial ofensivo. Após utilização destes instrumentos, os referidos invasores foram dispersos voltando à normalidade”, concluiu.
Possível punição
O artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva diz que o clube que deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo deve ser punido com multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil. Além disso, caso a invasão seja considerada de elevada gravidade, o time poderá ser punido com a perda do mando de campo de uma a dez partidas.
Outros casos
Em 2022, Jacobinense e Juazeiro se enfrentaram em uma das semifinais da Série B do Campeonato Baiano. No intervalo da partida, dirigentes dos dois clubes se envolveram em uma confusão generalizada na arquibancada e o clube de Jacobina terminou com a punição de cinco jogos com portões fechados, além de uma multa de R$ 20 mil.
No ano passado, em junho, o clássico entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro foi interrompido após torcedores santistas arremessarem várias bombas no gramado. Na ocasião, o Peixe foi punido com oito jogos com portões fechados, além de uma multa de R$ 80 mil. Após o clube recorrer, a punição caiu para apenas quatro jogos sem torcida.
Já em novembro, no jogo entre Coritiba e Cruzeiro, também pelo Brasileirão, torcedores das duas equipes invadiram o gramado e protagonizaram uma briga generalizada no campo da Vila Capanema. As duas equipes foram punidas preventivamente e jogaram sem torcida por 30 dias, tanto em jogos como mandante, quanto em partidas fora de casa.
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