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Sobre Marcinho, Freeland pede "cuidado com cultura do ódio"

Diretor de futebol foi questionado sobre contratação polêmica nesta terça-feira, 2

Publicado terça-feira, 02 de agosto de 2022 às 19:30 h | Atualizado em 02/08/2022, 19:33 | Autor: Da Redação
Eduardo Freeland ainda falou sobre a condição física do atleta
Eduardo Freeland ainda falou sobre a condição física do atleta -

O diretor de futebol do Bahia Eduardo Freeland falou com a imprensa nesta terça-feira, 2, para abordar questionamentos sobre a polêmica contratação do lateral-direito Marcinho. Reafirmando trazer o atleta por ter total autonomia no futebol do clube, Freeland defendeu a contratação elogiando caráter e profissionalismo do atleta e ligou o alerta para o "cuidado com a cultura do ódio", em resposta às reações negativas da torcida com a chegada do jogador.

"De certa forma, a gente esperava uma repercussão negativa, mas a gente vê uma repercussão positiva e a gente é muito sensível a esse tipo de discussão porque é um tema relevante. A gente procura ser racional, analisar a situação de forma crítica e atenta. O fato de ser o jogador que foi, eu conhecer o histórico pesa. Nenhuma decisão é tomada por uma pessoa só. Mas sim, o presidente me deu a chave do clube, como ele brincou na apresentação, e eles me deram carta branca para tomar essa decisão. Entendendo o jogador que é, a pessoa, a própria situação e discussão gerada, claro que vai ter pessoas pensando positivo, pessoas contrárias, e essa discussão tem que ser no melhor nível possível. A gente tem que tomar cuidado com a cultura do ódio", disse o diretor, que continuou.

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"É o ser humano, uma pessoa que precisa voltar a trabalhar, pediu perdão, cometeu erros e a Justiça está julgando o caso. A gente entende que tem que ter Justiça. A coisa vai ser muito respeitada, como se fosse qualquer outra profissão. Ele não voltaria a trabalhar? A gente entende e respeita qualquer discussão e depois de analisar por dois meses, entendemos que faz sentido oportunizar e voltar a trabalhar. Isso eleva o nível da equipe e vai nos ajudar a conquistar o acesso", pontuou.

Falando sobre as ações afirmativas do clube, que foram características da gestão do presidente Guilherme Bellintani, Eduardo destacou a possibilidade de dar uma segunda chance ao atleta. "Uma das grandes admirações do Bahia são as políticas inclusivas. Isso marca muito a história do Bahia e a gente também tem uma análise de que também podemos perceber uma percepção contrária do que as pessoas estão trazendo. Estamos falando de incluir um atleta. Já fez acordo com as famílias e está sendo julgada. Estamos falando de outro ser humano e me sinto confortável em dizer que é um jogador sério, dedicado e comprometido. Todos nós cometemos erros e ele cometeu e está pagando. Não podemos cancelar ele e virar as costas", falou

Questionado sobre a condição física do atleta, Freeland disse que o clube vê Marcinho preparado, mas não garantiu titularidade ao lateral. O atleta não atua desde o dia 23 de fevereiro, quando jogou pelo Athletico Paranaense contra o Palmeiras, pela Recopa Sul-americana.

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"A gente tem observado o Marcinho muito preparado. Talvez ele sinta no primeiro e no segundo jogo, mas a adaptação foi boa. Treinou em um volume grande, participou do período. Sobre isso, não nos preocupa. Com relação a André e Borel, sempre sou favorável a ter um jogador mais experiente e outros mais jovens. Muito importante dizer que quem vai escalar é o campo. O Marcinho não vem pra botar a camisa e jogar. O contexto vai falar por si sobre quem vai jogar. Também é o nosso trabalho interno de mostrar para os jovens como um jogador pode crescer na carreira e se espelhar", concluiu.

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