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PRECONCEITO

"Quem perde um filho não é homofóbico", justifica técnico do Inter

Abel Braga se justificou após afirmar que não queria o Internacional usando camisa rosa por parecer "time de viado"

Marina Branco

Por Marina Branco

04/12/2025 - 13:50 h
Abel Braga em coletiva
Abel Braga em coletiva -

Abel Braga, técnico do Internacional, voltou a se pronunciar após a repercussão negativa de uma fala durante sua apresentação ao clube, quando usou expressão considerada homofóbica ao comentar a cor do uniforme de treino.

Depois da derrota para o São Paulo por 3 a 0 na última quarta-feira, 3, no Beira-Rio, o treinador pediu desculpas novamente e citou a morte de seu filho, João Pedro, como parte de sua defesa.

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Durante a apresentação no domingo, 30, Abel afirmou não querer seu time treinando com camisa rosa porque "parecia time de viado". A declaração gerou críticas de torcedores, movimentos LGBTQIA+, imprensa nacional e internacional.

Na entrevista desta quarta, quatro dias após a polêmica, o treinador reconheceu o erro, mas reforçou que sua fala não reflete preconceito, justamente pelo que viveu com seu filho.

"Quero fazer uma colocação sobre o que aconteceu na última coletiva. Fui relatar uma brincadeira do treinamento e isso gerou uma polêmica enorme. Já me desculpei, não deveria ter falado nada naquele momento", defendeu.

"Mas preciso fazer um parêntese porque é a minha vida. Eu perdi um filho com 19 anos. Quem perde um filho não é homofóbico. Foi uma brincadeira, eu fui juvenil em repetir aquilo. Não devia ter dito e ponto", completou Abel.

João Pedro Braga, filho de Abel, morreu em 2017, após cair do prédio onde morava com a família, no Leblon, no Rio de Janeiro, quando o técnico comandava o Fluminense.

Como surgiu a polêmica

Na apresentação como novo técnico do Inter, Abel comentou sobre uma conversa no vestiário enquanto elogiava o trabalho de Andrés D'Alessandro na diretoria. Ele então reproduziu o que chamou de "uma brincadeira", utilizando o termo pejorativo ao se referir ao uniforme rosa usado pela equipe nos treinos.

Isso fez com que o Grêmio, próximo adversário do Inter no momento da fala, colocasse descontos na versão rosa da camisa do clube, e diversos comentários criticando a fala de Abel surgissem nas redes.

A declaração veio em um momento sensível para o clube, que vive a pior fase da temporada. O presidente Alessandro Barcellos demitiu Ramón Díaz após a goleada por 5 a 1 sofrida diante do Vasco, e a diretoria recorreu a Abel para tentar evitar o rebaixamento, com o Colorado ocupando o 17º lugar no Campeonato Brasileiro.

Antes mesmo da chegada de Abel, o Internacional já estava metido em polêmicas de falas preconceituosas, desde que Ramón afirmou que "o futebol é para homens, não para meninas".

Aos 73 anos, Abel não dirigia um time desde 2022, quando deixou o Fluminense. Sua última passagem pelo Internacional havia sido em 2020.

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Tags:

Abel Braga Futebol homofobia internacional LGBTQIA+ polêmica

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