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ELEIÇÕES NO LEÃO

Vem SAF? Fábio Mota revela sonho de ser "último" presidente do Vitória

Candidato à reeleição, dirigente rubro-negro concedeu entrevista ao Portal A TARDE

João Grassi e Wiliam Falcão | Portal MASSA!

Por João Grassi e Wiliam Falcão | Portal MASSA!

11/12/2025 - 7:02 h
Fábio Mota, presidente do Vitória
Fábio Mota, presidente do Vitória -

Após atingir o objetivo esportivo na temporada com a permanência do Vitória na Série A, o presidente Fábio Mota volta o foco para a eleição no Leão que acontece neste sábado, 13, a partir das 9h, no Barradão. À frente do Rubro-Negro desde 2021, quando assumiu a cadeira de forma interina e foi posteriormente efetivado em 2022, o atual mandatário do clube tenta a reeleição e permanecer no cargo até 2028.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Fábio Mota abriu o coração, falou sobre os planos para o futuro do Vitória, os aprendizados com os erros ao longo dos últimos três anos e o sentimento de traição por parte do seu opositor, o ex-jogador Marcone Amaral.

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Segundo o presidente rubro-negro, a dificuldade de se manter entre os grandes clubes brasileiros está cada vez maior e, por isso, ele vislumbra realizar o sonho de ser o último presidente associativo da equipe nos próximos três anos.

“O futebol hoje está muito caro. Hoje em dia para você mudar de um patamar rápido, você precisa de investimento e desde o primeiro dia que assumi o Vitória, a gente vem estruturando para receber um grande investidor”, iniciou.

A dificuldade é ainda maior quando o clube está em uma região como o Nordeste, é o que explica Fábio Mota.

“Quando eu digo que quero ser o último presidente, não é nada contra quem quiser se candidatar para ser presidente do Vitória. É porque eu acho que o caminho natural, ainda mais para quem está no Nordeste, para mudar de patamar é necessário ter um investidor. Então meu sonho, na verdade, é que eu nem fosse candidato a reeleição, que eu tivesse fazendo agora a mudança de associação para SAF”, completou o presidente.

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Prestes a saber se o ciclo no Vitória se encerrou ou se vai continuar pelos próximos anos, o presidente do Leão faz uma avaliação sobre os feitos no comando do clube. Apesar dos desafios, ele acredita que conseguiu realizar muitos feitos que enchem o torcedor de orgulho.

“Da parte administrativa, se fosse na Escolinha do Professor Raimundo eu tirava um 9,5 porque 10 é difícil. Da parte do futebol, eu avalio em 7 a 7,5 porque não é fácil você conseguir dois acessos, dois títulos, Sul-Americana, com dívidas e com um dos menores orçamentos”, disse.

Para ter mais sucesso na área do futebol, Fábio ressalta a importância de estar bem estruturado financeiramente para não errar em contratações.

“É muito mais próximo se dar bem no futebol quem tem grana do que quem não tem, é muito caro. Qualquer jogador hoje o salário é astronômico por isso os clubes estão optando pelos estrangeiros, que são mais baratos, mas demora para se adaptar”, explicou o gestor.

Traição do Movimento Vitória SAF

Ao longo do ano, tudo se caminhava para uma eleição tranquila no Vitória. Entretanto, a decisão do Movimento Vitória SAF de lançar um candidato, em união com outras chapas que formaram a Aliança Vitória SAF, mexeu com os bastidores rubro-negros. Fábio Mota relembrou o período em que o grupo esteve envolvido em assuntos relacionados com o projeto de implementação da SAF e afirmou ser vítima de uma traição.

“Não tenho dúvidas disso [segundas intenções]. Eu que tive a boa fé de acreditar, mas o movimento sempre foi político. Tanto que quando o Vitória perdia aparecia as faixas de SAF e quando o Vitória ganhava, eles desapareciam. Peguei eles e coloquei dentro do Vitória, ficaram quase um ano participando de todas as reuniões possíveis”, iniciou.

“Fizeram nota, deram entrevistas elogiando a condução de como o processo está sendo feito, mas no fundo era um projeto eleitoral. O candidato Marcone é deputado, está pensando em voto, em fazer o nome dele com a torcida. Já foi tudo de caso pensado e só depois eu fui entender”, finalizou o presidente do Leão.

Eu fui traído, uma traição de forma baixa, eles estavam aqui sabendo de tudo que estava acontecendo e de uma hora pra outra lançaram candidato. Fui traído completamente
Fábio Mota - Presidente do Vitória

Mota ressalta importância dos Conselhos ganharem

De acordo com o dirigente, é necessário que a chapa inteira Leão Colossal saia vencedora no processo eleitoral. Ele comparou o Conselho Gestor com a Presidência da República e explicou que, caso seus candidatos para o Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal não sejam eleitos — Raimundo Viana e Nilton Almeida, a oposição pode travar projetos importantes por "politicagem".

"Uma associação como o Vitória funciona como o Governo Federal. O Presidente da República precisa do Congresso Nacional, porque se ele não tiver os projetos aprovados, travam ele no Congresso Nacional. A mesma coisa são os conselhos para a associação do Vitória. A direção do Vitoria já aprovou o projeto da Arena Barradão. Por mais que a gente tenha aprovado, a gente vai precisar que o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal aprovem", indicou

Fábio Mota diz que, se forem eleitos, os conselheiros da oposição geram riscos para potenciais projetos de sua gestão. A Frente Vitória Popular, que é parte da Aliança Vitória SAF, é um dos principais grupos que se opõem à atual diretoria. "Corre o risco do projeto que a gente apresentar ser rejeitado por politicagem, por fake news, e por tudo que a gente viu nesses quatro anos", iniciou.

"O candidato à presidente do Conselho Deliberativo do outro lado é da Frente Vitória Popular, o candidato do Conselho Fiscal também é da Frente Popular, e a gente sabe como é que a Frente Popular agiu durante esses quatro anos da minha gestão. A torcida vai resolver. Eu tenho certeza que vai decidir por votar na chapa completa", completou.

Futuro mais tranquilo

Por fim, sem falar individualmente das competições quem a disputar em 2026, o gestor projeta um ano mais tranquilo e de alívio para o torcedor do Vitória, caso ele saia vencedor nas eleições do próximo sábado, 13.

“Farei todos os esforços possíveis e impossíveis para que o ano seja diferente. Mas o primeiro esforço possível é manter a base do time que terminou o campeonato e que não é fácil”, projetou.

Além de manter atletas que tiveram destaque na reta final deste ano, há também a missão de contratar reforços pontuais, mas sem meter os pés pelas mãos e fazer loucuras financeiras.

“Segundo esforço é arrumar recursos para fazer contrações e não é só para comprar o jogador. Quando você vai contratar um jogador, você tem o salário, precisa saber como vai pagar esse salário. E o grande segredo dessa gestão é que a gente está há quatro anos pagando adiantado, tanto a funcionário quanto a jogador e nunca na histórica do Vitória aconteceu isso”, destacou Fábio Mota.

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