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Investir em imóveis novos pode ser o melhor negócio? Especialista explica cenário

Salvador teve alta de 98% nos lançamentos; veja por que o mercado está tão aquecido e quais cuidados tomar

Por Fábio Bittencourt

05/07/2025 - 10:30 h
Lançamento de imóveis está em alta em Salvador
Lançamento de imóveis está em alta em Salvador -

Em um mercado em expansão, o número de lançamentos de imóveis no país cresceu 62% nos três primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), 46.234 novas unidades foram ofertadas este ano no Brasil, contra 28.594 no anos passado.

Em Salvador, esse aumento foi de 98%, de acordo com números da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi).

A compra de um apartamento na planta costuma ser um excelente negócio por diversos aspectos, especialmente pelo preço entre 15% e 40% mais em conta, comparado ao “pronto para morar”. Mas o investimento requer alguns cuidados, alertam os especialistas.

De acordo com o diretor da Fator Realty, Marco Chompanidis, o consumidor deve ficar atento a garantias que as incorporadoras devem cumprir antes e após a entrega das chaves. A primeira delas é solicitar e conferir o memorial de incorporação.

“O comprador deve pedir para ver esse documento porque lá consta tudo referente ao projeto do empreendimento. Todas as certidões que dizem respeito ao incorporador, ao terreno e ao projeto que irá ser construído. Também ali estará incluído os documentos de licenciamento de construção, um memorial descritivo detalhado com todas as dimensões, características e materiais a serem utilizados na construção”, explica Chompanidis.

Leitura do contrato

Outra dica é a leitura atenta do contrato. Ainda segundo o diretor da Fator Realty, nesse tipo de transação imobiliária, envolvendo imóveis na planta, normalmente o modelo mais utilizado é o contrato de promessa de compra e venda.

No título deve constar a definição de valor, forma de pagamento, prazos, cláusulas de rescisão e penalidades; a credencial dá direito real ao comprador, mesmo sem a escritura ainda; e garante o direito de aquisição futura, protegendo o comprador de uma eventual crise financeira pela incorporadora.

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A incorporadora não pode aumentar unilateralmente o valor do imóvel vendido na planta após a assinatura do contrato, salvo em algumas situações específicas previstas em contrato e dentro da legalidade, destaca Chompanidis. “O adquirente deve ler atentamente o contrato de compromisso de compra e venda, e, quando possível ou achar necessário, submeter a minuta a um advogado de sua confiança”, aconselha.

O representante do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) na Bahia, o perito em avaliação Erotildes Silva sublinha que, antes de mais nada, é fundamental o mutuário também levar em consideração o “histórico” da empresa de incorporação.

“Saber se a construtora é conhecida, se já deixou de entregar algum empreendimento. Observar o padrão construtivo das obras. Verificar se a empresa é associada a entidades do setor, como a Ademi, Abrainc, CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção); e a solidez do negócio”.

Com relação ao contrato, a recomendação de Silva é “ler atentamente as letras miúdas”, ou contar com a assessoria de um profissional especializado. “Verificar a documentação do imóvel, e o registro de incorporação em cartório são etapas fundamentais”, frisa o representante do Creci.

CEO da Sertenge, Eduardo Villa Nova pontua que outra dica é checar se o empreendimento é financiado por algum banco. Segundo ele, “isso é um indicativo que o empreendimento atende à legislação vigente”.

“Depois, é importante acompanhar de perto o cronograma da obra, a comunicação da construtora, a transparência com que ela trata prazos e entregas. O memorial de incorporação garante que o que está sendo vendido será entregue como prometido”, diz.

Condições atrativas

Para o presidente da Abrainc, Luiz França, a principal vantagem de comprar um imóvel novo diretamente com o incorporador está na possibilidade de “adquirir a unidade por condições mais atrativas, especialmente no lançamento”. “Além do preço competitivo, o comprador tem maior flexibilidade de pagamento”, afirma.

Segundo o dirigente, comprar um imóvel na planta é um investimento seguro, especialmente quando feito com incorporadoras consolidadas, com histórico de atuação responsável e reconhecidas no mercado.

“A legislação brasileira oferece uma série de garantias para quem compra na planta. A principal delas está na Lei do Condomínio e Incorporações (Lei 4.591/64), que estabelece regras claras sobre prazos, transparência nas informações e deveres da incorporadora. Além disso, é fundamental verificar se o empreendimento está devidamente registrado no cartório de imóveis, com incorporação legalizada e documentação acessível”, fala.

Outro ponto importante é a chamada existência do patrimônio de afetação, que garante que os recursos financeiros daquele empreendimento sejam utilizados exclusivamente na sua construção, oferecendo mais segurança ao cliente, ressalta Luiz França.

“Adquirir um imóvel novo significa ter acesso a empreendimentos com infraestrutura moderna, construídos com tecnologias atualizadas e alinhados às exigências atuais de sustentabilidade e eficiência energética. Além disso, o comprador terá menos gastos com reformas ou manutenções imediatas, o que representa mais tranquilidade e valorização do investimento”, reitera o presidente da Abrainc.

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