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Como tensões na Bolívia culminaram em tentativa de golpe
Durante a insurgência, parte dos soldados permaneceram leais ao presidente Luis Arce
![Imagem ilustrativa da imagem Como tensões na Bolívia culminaram em tentativa de golpe](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Como-tensoes-na-Bolivia-culminaram-em-tentativa-de0127626700202406271332-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FComo-tensoes-na-Bolivia-culminaram-em-tentativa-de0127626700202406271332.jpg%3Fxid%3D6271240%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721165699&xid=6271240)
A Bolívia enfrenta uma crise econômica e disputa política entre Arce e Morales. A situação tem paralizado o governo. Na quarta-feira, 26, ocorreu uma insurgência de um grupo de militares, em ação que durou cerca de quatro horas.
O movimento foi condenado tanto pelo governo quanto pela oposição, além de lideranças políticas da América Latina, a exemplo do presidente Lula (PT), e de outras partes do mundo.
Durante a insurgência, parte dos soldados permaneceram leais ao presidente Luis Arce e a rebelião foi contida. Ainda ocorreu a troca do comando das forças armadas e, em seguida, os militares se retiraram das ruas.
O comandante deposto do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, foi preso na noite de quarta-feira, 26. À primeira vista, a conspirção parece se limitar a figuras muito próximas ao ex-comandante do Exército.
No entanto, o movimento para a tentativa de golpe de Estado evidencia o racha entre o atual presidente Arce e seu padrinho político, o ex-presidente Evo Morales, ambos do Movimento ao Socialismo (MAS).
Evo Morales ainda chegou a se manifestar sobre o ocorrido. "O Golpe de Estado está se formando. Neste momento estão mobilizados efetivos das Forças Armadas e tanques na Plaza Murillo."
Arce, mais tarde, fez questão de mostrar que saiu vitorioso de toda a situação. "Ninguém pode nos tirar a democracia que conquistamos (...) Estamos certos de que vamos continuar e vamos seguir trabalhando".
Além da questão política, a tensão gerada pela situação da economia da Bolívia. A economia do país crescia mais de 4% ao ano, mas começou a despencar com a pandemia de covid-19.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de 1,6% para Bolívia neste ano. O número representa o menor crescimento registrado no país em 25 anos, sem considerar as quedas que ocorreram durante a pandemia.
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