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OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Deslocamento de militares do Rio para Brasília, veja o plano de golpe

Ministro do STF, Alexandre de Moraes previa um orçamento de R$100 mil para o deslocamento de militares

Por Redação

23/11/2024 - 15:07 h
Além de Bolsanor outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por fazerem parte do plano de golpe
Além de Bolsanor outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por fazerem parte do plano de golpe -

A Polícia Federal (PF), revelou que o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes previa um orçamento de R$100 mil para o deslocamento de militares do Rio de Janeiro a Brasília. A informação foi reportada pelo Portal Metrópoles.

Ainda segundo o relatório enviado ao gabinete do magistrado, a consumação do golpe passaria pelo aumento do efetivo na capital. Como base da informação está a troca de mensagens entre o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o major Rafael Martins de Oliveira.

“Pelo teor do diálogo, seria uma estimativa de gastos para possivelmente viabilizar as ações”, diz a investigação da PF. O major Rafael foi preso na última quinta-feira, 19, junto com o general Mario Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Bolsonaro.

“Pelo que se infere, a troca de mensagens entre Mauro Cid e Rafael Martins evidencia a existência de um planejamento, o qual necessitaria de ‘hotel’, ‘alimentação’ e ‘material’, com custos estimados em R$ 100 mil. Além disso, os interlocutores indicam que estariam arregimentando mais pessoas do Rio de Janeiro para apoiar a execução dos atos”, prossegue o relatório.

Em trechos da conversa fica explícito a realocação de militares cariocas para a capital federal, “Para trazer um pessoal do Rio”, apontou Mauro Cid, em seguida Rafael Oliveira respondeu, “Pode ser preciso também” e o ajudante de ordens finalizou, “Vai precisar”.

Foram presos no Rio de Janeiro, o general de brigada da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira foram presos.

A PF conseguiu recuperar o diálogo devido a uma instabilidade no UNA, aplicativo de mensagens utilizado pelo Exército. Com o app indisponível por causa de um bug, eles recorreram ao WhatsApp e, dessa forma, a conversa chegou na mão das autoridades investigadoras.

Leia também:

>> Entenda como outros indiciamentos de Bolsonaro implicam no golpe

A PF também identificou que militares foram à quadra da Asa Sul, em Brasília, onde mora Alexandre de Moraes, na suposta operação clandestina. Ainda de acordo com a PF, estva previsto no plano o sequestro e o assassinato do ministro, que se tornou um dos principais adversários do governo Bolsonaro, sobretudo após o presidente ser incluído pelo magistrado no Inquérito das Fake News, em 2021.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 36 pessoas por fazerem parte do plano de golpe. A investigação também concluiu na última quinta-feira, 21, o inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os indiciados por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa estão os generais ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, bem como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

À coluna do Portal Metrópoles, Bolsonaro reclamou do relator do inquérito no STF: “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei. Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”.

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Tags:

Alexandre de Moraes brasília Golpe de Estado Lula militares RIo

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