MUNDO
Diretora quebra silêncio e dá versão sobre flagra com CEO em show
Kristin Cabot relatou ameaças de morte, perseguição, exposição de dados pessoais, perda do emprego e impactos emocionais

Por Redação

Cinco meses após a diretora de Recursos Humanos, Kristin Cabot, ser flagrada ao lado do CEO da empresa em que trabalhava durante um show do Coldplay, a executiva decidiu pôr um fim no silêncio e contou pela primeira vez ao sobre a sua versão.
Em entrevista ao jornal “The New York Times”, ela relatou ameaças de morte, perseguição, exposição de dados pessoais, perda do emprego, impactos emocionais sobre os filhos e o peso de se tornar alvo de um julgamento público que ultrapassou fronteiras.
Ambos foram flagrados em 16 de julho, durante um show do Coldplay em Boston, nos Estados Unidos. Cabot apareceu abraçada com Andy Byron, então CEO da empresa de tecnologia Astronomer, durante a tradicional “Kiss Cam”, que projeta casais no telão do estádio.
Ao perceberem que estavam sendo exibidos, os dois se afastaram rapidamente, em uma reação que chamou a atenção do público e até do vocalista da banda, Chris Martin. Cabot e Byron foram rapidamente identificados, e a repercussão foi imediata.
O CEO foi afastado do cargo.
Ataques
Cabot disse ao jornal que tentou, ao mesmo tempo, conviver bem com os filhos, preservar a relação com o então marido, Andrew Cabot — com quem já negociava o divórcio — e lidar com as consequências profissionais.
A tentativa de manter algum controle sobre a própria narrativa, porém, foi engolida pela reação nas redes. Ela se tornou alvo de xingamentos, piadas e acusações. Foi chamada de “destruidora de lares”, “interesseira” e “amante”.
Segundo ela, durante semanas recebeu cerca de 600 ligações por dia e paparazzi passaram a se posicionar em frente à sua casa. Carros circularam lentamente pela rua e seus dados pessoais foram divulgados na internet.
A executiva relatou ter recebido entre 50 e 60 ameaças de morte.
Uma outra versão
Cabot contou que só decidiu falar agora porque percebeu que o silêncio estava consolidando uma imagem sobre ela que não refletia a realidade.
“O silêncio é a aceitação”, afirmou ao "The New York Times". “Eu pensei: meu Deus, é isso que vai ficar marcado para o resto da minha vida.”
Com apoio da família, Cabot contratou uma consultora de comunicação para ajudá-la a contar sua versão dos fatos e tentar minimizar os danos a si mesma e às pessoas próximas.
Na entrevista, ela disse que não mantinha um relacionamento sexual com Byron. Segundo Cabot, antes daquela noite, os dois nunca haviam sequer se beijado.
“Tomei uma decisão errada, bebi alguns drinks, dancei e me comportei de maneira inadequada com meu chefe. Não é algo trivial. Assumi a responsabilidade e abandonei minha carreira por isso. Esse é o preço que escolhi pagar.”
Ela afirmou ainda que queria que os filhos entendessem que erros podem acontecer, mas que ninguém deveria ser ameaçado de morte
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