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Divisão de Gaza: proposta dos EUA cria zonas verde e vermelha

Plano norte-americano estabelece zonas reconstruídas e áreas mantidas em ruínas

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

15/11/2025 - 4:47 h
Palestinos caminham entre escombros em Jabalia, norte de Gaza
Palestinos caminham entre escombros em Jabalia, norte de Gaza -

O governo dos Estados Unidos elaborou um plano que prevê a divisão da Faixa de Gaza em áreas separadas e com diferentes níveis de controle militar israelense e internacional. O desenho, revelado pelo jornal britânico The Guardian, reacende dúvidas sobre o futuro político do enclave e sobre o compromisso de Washington em transformar o atual cessar-fogo em um acordo duradouro.

Segundo documentos de planejamento militar acessados pelo jornal, a proposta estabelece duas áreas principais: uma zona destinada à reconstrução, sob administração conjunta de forças internacionais e Israel, e outra área mantida em escombros.

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Hoje, mais de 2 milhões de palestinos estão concentrados justamente na região devastada, que reúne cerca de 1,5 milhão de pessoas à espera de abrigo e serviços básicos, como acesso regular à água.

Um oficial norte-americano ouvido sob anonimato afirmou ao Guardian que a reconstrução completa “é uma aspiração”, mas admite que o processo será longo e complexo. Atualmente, centenas de milhares de palestinos vivem em tendas improvisadas, expostos à falta de infraestrutura mínima.

Força internacional deve dividir controle com Israel

Pelo plano, unidades estrangeiras atuariam ao lado das tropas israelenses no leste de Gaza. As duas zonas seriam separadas pela atual linha de controle israelense. Não há detalhamento público sobre a possível desocupação de áreas que ficariam dentro da chamada zona devastada, caso a estratégia seja implementada.

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A proposta surge no rastro do “plano de paz” apresentado pela gestão Trump em outubro, que abriu caminho para um cessar-fogo frágil entre Israel e Hamas. Um dos pilares desse pacote é a criação de uma força internacional de “estabilização”, cuja formalização no Conselho de Segurança da ONU pode ser votada já na próxima semana.

Risco de “limbo mortal” preocupa mediadores

Diplomatas envolvidos nas negociações alertam que a fragmentação de Gaza pode aprofundar o clima de instabilidade. Majed al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, disse ao Guardian que a situação atual não configura nem guerra nem paz.

Aém disso, Majed pontuou que o território corre o risco de entrar em um “limbo mortal”, marcado por ataques recorrentes, ocupação ampliada, ausência de autogoverno palestino e uma reconstrução incapaz de atender às necessidades da população.

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