MUNDO
Entenda por que astronautas são proibidos de fazer sexo no espaço
Tema é tabu na Roscosmos e na Nasa
Por Redação
Idas ao espaço estão cada vez mais comuns, gerando questionamentos como se é possível - e permitido - fazer sexo em órbita. O tema ainda é tabu entre as agências aeroespaciais. A Nasa, por exemplo, proíbe a prática.
Já a Roscosmos, da Rússia, também garantiu que nunca um cosmonauta russo ou soviético se aventurou de tal maneira.
"Não há informação oficial nem oficiosa acerca de relações sexuais ou experimentos sexuais no espaço", declarou Valeri Bogomolov, diretor adjunto do Instituto de Pesquisas médico-biológicas no espaço.
"Com toda a segurança, ao menos na exploração espacial russa ou soviética, isso jamais ocorreu", declarou.
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Apesar disso, um grupo, liderado por Simon Dubé, pesquisador da Universidade de Concórdia, em Montreal, Canadá, publicou um artigo no final de 2021, chamado "The Case for Space Sexology" (ou, "O Caso a Favor da Sexologia do Espaço", em tradução livre).
Na proposta, os cientistas defendem que "embora a ciência espacial possa nos levar para o espaço sideral, serão as relações humanas que determinarão se floresceremos como uma civilização ocupante do espaço".
Surgiu a proposta para o desenvolvimento de um novo campo de estudos, a sexologia do espaço. "Para avançarmos, as organizações da área devem parar de evitar os tópicos sexuais e reconhecer por completo a importância do amor, do sexo e das relações íntimas na vida humana", escreveram os cientistas em texto conjunto publicado em setembro de 2021, no periódico online científico "The Conversation".
Por serem do Canadá, os pesquisadores propõem que a agência espacial do país, a CSA, seja pioneira no desenvolvimento do tema, para que, assim, tal qual em Jornada nas Estrelas, possam "ir audaciosamente onde nenhum homem jamais esteve".
Falta de conhecimento
Uma das questões mais curiosas apontadas pelos cientistas canadenses é que, desde que a exploração espacial começou, há estudos sobre como ela afeta praticamente todas as funções humanas, como fluxo sanguíneo, força muscular e esqueletal, e até mesmo o equilíbrio dos hormônios. Sobre o sistema reprodutivo, porém, as informações são escassas.
Os boatos, no entanto, aumentaram na década de 1980, quando a União Soviética lançou ao espaço a estação Mir, que permitia que os astronautas permanecessem no espaço por meses.
A Nasa registra ter feito experimentos reprodutivos com moscas, anfíbios, aves e roedores. Em 2018, entretanto, os cientistas Alex Layendecker e Shawna Pandya revisaram os dados desses experimentos e, num artigo sobre a reprodução no espaço, disseram que "não há informações suficientes para concluir se os processos reprodutivos podem ocorrer de forma exitosa no espaço". Além disso, apontaram para o fato de que dados de modelos animais podem não se aplicar a humanos.
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