BRASILEIRO
‘Golpista Serial’ é preso ao comprar carro avaliado em 2 milhões
De acordo com as investigações, 500 pessoas foram vítimas de um sofisticado esquema composto por policiais e até membros do Judiciário corrompidos
Por Redação

Luiz Eduardo Auricchio Bottura, 47 anos, um dos maiores fraudadores do Brasil, batizado pela Justiça como “golpista serial”, foi preso na Itália ao realizar a compra de um Maserati, veículo de luxo, avaliado em cerca de 2 milhões de reais.
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A prisão aconteceu no último dia 4, na cidade de Selvazzano, e a imprensa local deu destaque. Raquel Fernanda de Oliveira, esposa de Luiz, já havia sido detida em novembro do ano passado, suspeita de integrar a organização criminosa chefiada pelo marido.
Ao menos, de acordo com as investigações, 500 pessoas foram vítimas de um sofisticado esquema envolvendo policiais e até membros do Judiciário.
Luiz Eduardo, natural do Mato Grosso do Sul, era foragido da Justiça paulista, que expediu mandado de prisão contra ele em novembro de 2024. O brasileiro também estava na lista vermelha da Interpol (Polícia Internacional).
O golpista tem cidadania italiana e estava foragido na Itália desde janeiro. Nesse período, Luiz ostentou gastos estravagantes, chamando a atenção das autoridades europeias ao comprar um Maserati Gran Cabrio, carro de luxo, avaliado em quase R$ 2 milhões.

O esquema
A denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) aponta que Luiz Eduardo conseguiu produzir termos de declaração falsos, em nome de duas vítimas. Os documentos foram oficializados por meio de dois policiais civis de São Paulo.
De acordo com informações da Promotoria paulista, entre os dias 2 e 3 de março de 2020, os escrivães Ulisses Raymundo e Neilor Nogueira, que, na ocasião, trabalhavam no 80º Distrito Policial (Vila Joaniza), anexaram declarações e assinaturas falsas em documentos públicos. Em 3 de março daquele ano, seguindo a denúncia, Luiz Eduardo Auricchio Bottura fez uso dos documentos públicos, com as declarações atribuídas às duas vítimas — que posteriormente negaram e provaram não terem sido elas as autoras dos depoimentos e das respectivas assinaturas.
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