MUNDO
Japão tem tecnologia para criar armas nucleares em três anos; entenda
Capacidade técnica e estoque de plutônio colocam o país como "potência nuclear latente"

Por Isabela Cardoso

O Japão possui infraestrutura e materiais necessários para construir armas nucleares em um prazo estimado de três anos. Com uma das indústrias atômicas civis mais avançadas do mundo, o país detém cerca de nove toneladas de plutônio separado, volume tecnicamente suficiente para fabricar milhares de ogivas, segundo dados da NBC News.
Especialistas classificam o Japão como uma “potência nuclear latente”, pois, embora não possua o armamento, detém tecnologia de mísseis, engenharia de alta precisão e urânio enriquecido.
Tensão geopolítica e quebra de tabus históricos
O tema carrega um peso simbólico profundo, visto que o Japão é a única nação a sofrer ataques atômicos na história (Hiroshima e Nagasaki). No entanto, figuras políticas como a primeira-ministra Sanae Takaichi já sugeriram a revisão dos princípios não nucleares do país, que proíbem a posse e a produção dessas armas.
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Apesar das projeções, o governo japonês, por meio do secretário-chefe Minoru Kihara, reiterou o compromisso oficial com a desnuclearização. Contudo, o ex-diplomata Henry Kissinger já havia alertado que a instabilidade regional poderia forçar Tóquio a buscar dissuasão própria em poucos anos.
Impacto estratégico na Ásia
Uma eventual decisão japonesa de se armar nuclearmente alteraria drasticamente o equilíbrio de poder no Pacífico. Confira os pilares que sustentam essa possibilidade:
- Insumos: Nove toneladas de plutônio e estoque de urânio enriquecido;
- Sistemas de lançamento: Tecnologia espacial e de mísseis altamente desenvolvida;
- Agilidade: Especialistas acreditam que a integração de ogivas simples seria rápida.
Mesmo sem indícios de um programa secreto, o fato de o assunto ser discutido abertamente reflete a gravidade do cenário de segurança atual nas relações com a China.
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