EQUADOR
Massacre no Equador deixa cinco mortos em meio a estado de exceção
Decreto presidencial foi emitido na última quinta-feira, 5
Por AFP
Cinco pessoas morreram baleadas no Equador, nesta terça-feira (8), em um novo massacre que ocorre em meio a um estado de exceção pelo aumento da violência das quadrilhas criminosas, informou a polícia.
"Policiais encontraram quatro indivíduos sem vida e uma pessoa ferida, que foi levada para uma casa de saúde, onde morreu devido à gravidade" de seus ferimentos, informou a Polícia à AFP.
Os cinco homens "apresentavam impactos de bala", acrescentou o informe. No setor de El Recreo, na violenta cidade de Durán (sudoeste, vizinha a Guayaquil), ainda há vestígios do massacre: um boné e sapatos ensanguentados.
Segundo a polícia, "os responsáveis pelo ataque eram vários indivíduos que circulavam em dois veículos". Eles desceram dos carros e abriram fogo.
Uma mulher da região relatou à AFP que os pistoleiros usavam roupas similares às do Exército. "Supostamente dizem que são militares, mas agora como há uma máfia, eles se camuflam", assinalou, sob reserva, temendo represálias.
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Guayas, onde fica a cidade de Durán, é uma das seis províncias equatorianas sob estado de exceção por causa do avanço da violência. Somam-se à lista Los Ríos, Manabí, Santa Elena, El Oro e a amazônica Orellana, além das cidades de Quito (Pichincha), e a localidade mineradora de Camilo Ponce Enríquez (em Azuay).
Em sua guerra contra o crime organizado, o presidente Daniel Noboa tem declarado de forma contínua esta medida para suspender direitos, como a liberdade de reunião e a inviolabilidade do domicílio.
Atualmente, instaurou um toque de recolher por sete horas a partir das 22h locais (00h de Brasília) em povoados de Guayas, Los Ríos e Orellana, além de Ponce Enríquez.
O governo assinala que, entre janeiro e outubro, conseguiu reduzir os homicídios, passando de 6.037 no mesmo período de 2023 para 4.959 este ano.
As mortes violentas no Equador dispararam nos últimos anos. A taxa de homicídios passou de 6/100.000 habitantes em 2018 para 47/100.000 habitantes em 2023.
O Executivo afirma que as mortes têm a ver, no geral, com acertos de contas entre quadrilhas ou disputas por territórios para a venda de drogas.
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