MUNDO
Morreu abraçada com o pai, diz tio de brasileira morta no Líbano
Mirna Raef Nasser nasceu em Balneário Camboriú (SC) e foi atingida por bombardeio
Por Da Redação
A adolescente brasileira, Mirna Raef Nasser, de 16 anos, que morreu após ser vítma de um bombardeio no sul do Líbano, foi encontrada abraçada com o pai próximo à porta de saída da casa da família. O ataque aconteceu na última segunda-feira, 23.
O tio da jovem, Ali Bu Khaled, de 47 anos, contou que a família saiu da residência quando começaram os ataques. Porém, após a situação aparentemente normalizar, o pai da adolescente, Raef Nasser decidiu voltar para pegar roupas.
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"Ele ia sozinho e a menina [Mirna] não deixou. Ela falou: ‘e se acontece alguma coisa? Se acontecer, eu estou junto com você’. Ela era muito apegada a ele. Aí ela foi com ele e até mandou mensagem para a mãe dela: ‘se acontecer alguma coisa, como meu pai falou, vocês me desculpem’", disse o tio.
A casa foi atingida por três mísseis. O primeiro deles acabou não explodindo, o que fez pai e filha correrem para a saída. "Eles foram encontrados abraçados. Ele tinha abraçado a menina e estava saindo da casa. Atacaram a casa, e o primeiro [míssil] não explodiu", contou Khaled.
Khaled disse, em entrevista à Folha de São Paulo, que mantinha contato frequente com o irmão, inclsuive no dia do ataque. Porém, as mensagens não foram respondidas. "Esse número [de celular] está com ele há 15 anos, e ele nunca deixou de responder. Eu consegui confirmar que atacaram [a residência], mas ninguém sabia se ele estava na casa porque a casa sumiu. Não ficou nada lá. Nem o carro ficou na frente da casa para o pessoal dizer que ele estava lá. Aí depois a mulher dele confirmou que ele estava", afirmou.
Além da mãe, Mirna deixa outros três irmãos. "Ela era muito brincalhona, todo mundo gostava dela na cidade, na escola. De tão inteligente que ela era na escola, não chamavam de aluna, mas de professora", relembrou o tio.
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