"DEVER E DIREITO"
Netanyahu diz que Israel se defenderá e critica Macron por embargo
Primeiro-ministro israelense garantiu que responderá ataques do Irã
Por AFP
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste sábado, 5, que Israel tem o direito de se defender e que responderá aos ataques do Irã após a salva de mísseis disparados por Teerã esta semana contra seu território.
Israel tem o dever e o direito de se defender e responderá estes ataques e é o que faremos
Netanyahu também criticou Emmanuel Macron, presidente da França, e os dirigentes dos países que pediram a interrupção do envio de armas a Israel no âmbito da guerra contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano.
"Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. Contudo, o presidente Macron e outros dirigentes ocidentais agora estão pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados", disse Netanyahu em um comunicado.
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"O Irã está impondo um embargo de armas ao Hezbollah, aos huthis, ao Hamas e a seus outros representantes? É claro que não", disse Netanyahu, acrescentando que os três grupos contam com apoio de Teerã e fazem parte do chamado "eixo de resistência" contra Israel.
"Este eixo do terror se mantém unido. Mas os países que supostamente se opõem a este eixo do terror pedem um embargo de armas a Israel. Que vergonha!", insistiu o premiê, que também afirmou que Israel vencerá, inclusive sem o seu apoio.
Também neste sábado, Macron disse à rádio France Inter que a "prioridade" é buscar uma "solução política" e pediu que os países deixem de "entregar armas para a guerra em Gaza".
A França não envia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se negou até agora a mudar sua política de apoio a Israel para além da suspensão que fez em maio de uma entrega de bombas pesadas. Os Estados Unidos enviam a cada ano a Israel 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 16 bilhões) em armamentos.
O Reino Unido anunciou em setembro a suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350, alegando o "risco" de que sejam utilizadas em ações que violem o direito internacional no conflito em Gaza, que eclodiu após o ataque do movimento islamista Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023.
O presidente francês criticou o fato de não haver mudanças na situação em Gaza, apesar dos esforços diplomáticos empreendidos para obter um cessar-fogo, em particular com Israel.
"Acho que eles não nos ouvem. Voltei a dizer ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu e acredito que é um erro, também para a segurança de Israel no futuro", destacou Macron.
"Vemos isso claramente em nossa opinião pública, e vemos isso com ainda mais clareza na opinião pública da região, no fundo está nascendo um ressentimento e o ódio se alimenta dele", acrescentou.
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