COREIA DO SUL
Prisão de presidente sul coreano é suspensa por resistência
Segurança presidencial bloqueou acesso à residência
Por Redação
Foi cancelada a operação para prender o presidente deposto sul-coreano, Yoon Suk Yeol, nesta sexta-feira, 3, após as autoridades terem tido o acesso à residência dele bloqueado pela segurança presidencial. A informação é do Portal Metrópoles.
O até então presidente da Coreia do Sul foi destituído do cargo após a tentativa fracassada de impor a Lei Marcial, por isso, ele deveria ser detido para ser interrogado.
O porta-voz do Escritório de Investigação de Corrupção (COI) e responsável por executar a prisão informou que a operação foi cancelada ainda no início da tarde às 13h30.
A operação também envolveu um impasse entre 30 funcionários do COI, 50 policiais e o serviço de segurança presidencial, que se recusou a fornecer acesso ao interior da casa. O conflito durou cerca de três a quatro horas.
“Determinamos ser praticamente impossível executar o mandado de prisão devido ao confronto contínuo e suspendemos a execução devido à preocupação com a segurança das pessoas no local causada pela resistência”, explicou o porta-voz do COI.
Uma centena de apoiadores do presidente deposto também se reuniam ao redor da residência na tentativa de bloquear a ação dos agentes.
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De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, os investigadores que cumpriram o mandado conseguiram atravessar a barreira formada pelos apoiadores em frente à casa, onde entraram no complexo residencial do presidente afastado, mas foram bloqueados por uma unidade militar.
O tribunal de Seul emitiu, na última terça-feira, 31, um mandado de prisão para Yoon após ele não comparecer por três vezes para ser interrogado e tentar buscas em seus escritórios na capital sul-coreana.
O ex-presidente enfrenta acusações criminais de insurreição, que podem resultar em prisão perpétua ou pena de morte. Em 3 de dezembro, ele declarou a Lei Marcial, que restringia liberdades políticas e concedia poder aos militares, mas o decreto foi suspenso por ele seis horas depois. Ele afirma que sua iniciativa foi um ato legítimo de governança.
Yoon pode se tornar o primeiro presidente em exercício a ser preso na história da Coreia do Sul. Ele ainda é formalmente considerado presidente até que a Suprema Corte constitucional do país acate, ou não, o impeachment impetrado pelos parlamentares.
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