CRISE POLÍTICA
Coreia do Sul: investigadores prometem prisão do presidente destituído
Mandado foi emitido após Yoon Sul-yeol negar colaborar com as investigações
Por Redação
O chefe do Departamento de Investigação de Corrupção da Coreia do Sul, Oh Dong-woon, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que cumprirá a ordem de prisão contra o presidente destituído, Yoon Suk-yeol, até segunda feira, 5, seguindo o prazo instituído na decisão judicial expedida na investigação relacionada ao decreto de lei marcial no começo de dezembro, que colocou o país em uma crise política.
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Após Yoon ter ignorado três pedidos para testemunhar sobre o caso, o tribunal sul-coreano emitiu um mandado de prisão contra o líder. A equipe jurídica do presidente destituído garantiu que esta ordem seria "ilegal e inválida" entrando com recurso exigindo a anulação da mesma.
Por meio de um comunicado emitido nesta quarta-feira, o presidente destituído afirmou que lutaria "até o fim", sendo apoiado por simpatizantes acampados ao lado de sua residência. Até então a segurança do presidente não cooperou com a investigação e os impediram de revistar locais ligados ao mesmo.
"A República da Coreia está atualmente em perigo devido a forças internas e externas que ameaçam sua soberania e às atividades de elementos anti-estado. Juro lutar ao lado de vocês até o fim para proteger esta nação", disse Yoon em uma declaração entregue aos manifestantes.
Por outro lado, os investigadores deixaram claro que não irão admitir resistência ao cumprimento dos mandatos de prisão.
"Consideramos ações como montar várias barricadas e trancar portões de ferro para resistir à execução do nosso mandado de prisão como obstrução de deveres oficiais", disse Oh, acrescentando que qualquer um que fizer isso "poderá ser processado".
Um legislador do Partido Democrata da Oposição, Jo Seoung-lae, declarou que a mensagem de Yoon era "altamente inapropriada", chamando-o de "delirante" e acusando-o de tentar incitar conflitos.
NA parte de fora do complexo presidencial, dezenas de pessoas são vistas gritando, cantando e insultando a polícia. Quando cai a noite, manifestantes defendendo o político balançam bastões luminosos e cartazes contra o impeachment.
No passado, a justiça coreana falhou em executar dois mandatos de prisão a legisladores, e 2000 e 2004, por conta de membros do partido e apoiadores bloqueando a entrada dos policiais durante o período em que o mandato seria válido.
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