MUNDO
Saiba significado das fumaças preta e branca do Conclave
Entenda a origem histórica e os significados dos rituais por trás da escolha do novo Papa
Por Redação

O mistério por trás da escolha do próximo Papa envolve a espera do público pela fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina durante o conclave. O processo esperado globalmente pela liberação das fumaças preta ou branca carregam um significado crucial: a continuidade ou a conclusão do processo de eleição do novo pontífice.
O Portal A TARDE explica qual o significado de cada fumaça que emana na chaminé da Capela Sistina, e ainda detalha o contexto histórico por trás do procedimento que envolve este antigo método de comunicação da Igreja Católica, um evento que carrega uma profunda relevância religiosa e geopolítica.
Significado de cada cor da fumaça:
A comunicação através da chaminé da Capela Sistina é binária, pois utiliza duas cores diferentes de fumaça, cada uma com um significado inequívoco. Para acompanhar o processo de eleição papal, é fundamental entender o que cada cor representa.
Fumaça Preta (sfumata nera):
Significado
Indica que uma votação (escrutínio- termo religioso) foi realizada, mas nenhum candidato alcançou a maioria necessária de dois terços dos votos dos cardeais eleitores presentes. Portanto, o processo de eleição continua, e um novo Papa ainda não foi escolhido.
Contexto histórico
Tradicionalmente, a fumaça preta era produzida pela queima das cédulas de votação juntamente com palha úmida ou outros materiais que gerassem uma fumaça escura.
Como a fumaça é produzida?
Atualmente, para garantir clareza e evitar confusões, são adicionados compostos químicos específicos aos papéis queimados, como perclorato de potássio, antraceno e enxofre, para produzir uma cor preta densa e inconfundível.
Fumaça Branca (sfumata bianca):
Significado
É o sinal mais aguardado com a maior expectativa. A fumaça branca anuncia que um novo Papa foi eleito e que ele aceitou formalmente o pontificado. É um momento de grande alegria e celebração para os fiéis católicos.
Contexto histórico
Originalmente, a fumaça branca resultava da queima apenas das cédulas de votação ou com a adição de palha seca. Para evitar a fumaça cinza, que por vezes causou incerteza no passado.
Como a fumaça é produzida?
Hoje são utilizados cartuchos químicos específicos, como clorato de potássio, lactose e colofônia (resina), que asseguram uma fumaça distintamente branca.
Com qual frequência as fumaças são liberadas?
As fumaças geralmente aparecem após as sessões de votação, que ocorrem duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde, até que um Papa seja eleito.
O processo da fumaça e o mundo de olho
Por conclave ser um evento envolto em profundo sigilo. Os cardeais eleitores juram manter segredo absoluto sobre os procedimentos e deliberações. Assim, a fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina é o único elo de comunicação com o mundo exterior sobre o andamento da eleição.
Nesse contexto, a fumaça se torna um simples sinal em um ponto focal de atenção global, com jornalistas e fiéis de todo o mundo monitorando a pequena chaminé. O evento reverbera em todo o cenário internacional.
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A fumaça branca e a eleição do Papa
A aparição da fumaça branca desencadeia uma série de eventos protocolares. Pouco tempo depois, o Cardeal Proto-Diácono aparece na varanda central da Basílica de São Pedro para anunciar ao mundo a eleição com a famosa frase “Habemus Papam!” (“Temos um Papa!”).
A frase revela o nome do cardeal eleito e o nome papal que ele escolheu. O novo Papa então surge para dar sua primeira bênção, “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo).
A fumaça, portanto, não é apenas um costume pitoresco; é um elemento crucial na comunicação de uma transição de liderança que impacta mais de um bilhão de católicos e tem implicações geopolíticas e sociais significativas. Ela simboliza a continuidade da Igreja Católica e a esperança que acompanha a escolha de um novo líder espiritual para os fiéis.
O conclave e a origem da fumaça
O termo “conclave” deriva do latim “cum clave” (com chave), e se refere ao isolamento dos cardeais eleitores do mundo exterior para escolher um novo Pontífice. Esta prática foi formalizada no século XIII para acelerar eleições papais que, por vezes, se arrastavam por longos períodos.
Dada a natureza secreta e isolada do conclave, tornou-se essencial um método objetivo para comunicar o resultado das votações ao público expectante na Praça de São Pedro e ao resto do mundo.
A tradição de usar a fumaça como sinal visual remonta a séculos, embora os detalhes exatos de sua primeira utilização ainda sejam debatidos por historiadores. O que se consolidou foi seu papel como o principal indicador do progresso dentro da Capela Sistina.
Antes das tecnologias modernas de comunicação, a fumaça era a forma mais eficaz e imediata de transmitir a mensagem principal: se um novo Papa havia sido ou não escolhido.
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