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Venezuela dá três dias para funcionários da ONU deixarem o país

A medida acontece após críticas ao governo de Maduro e prisão de ativista

Publicado sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024 às 14:59 h | Autor: Da Redação
O presidente Nicolás Maduro afirmou que será realizada uma revisão da cooperação do país com a organização
O presidente Nicolás Maduro afirmou que será realizada uma revisão da cooperação do país com a organização -

O governo da Venezuela suspendeu as atividades de funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) e deu 72 horas para que eles deixem o país.

O presidente do país Nicolás Maduro afirmou que será realizada uma revisão da cooperação do país com a organização durante os próximos 30 dias. A medida acontece após críticas da ONU ao governo de Maduro e da prisão da ativista Rocío San Miguel por "terrorismo".

“Suspender as atividades da assessoria técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e realizar uma revisão holística dos termos da cooperação técnica”, anunciou o governo.

O chanceler Yvan Gil anunciou à imprensa a decisão do governo do presidente Nicolás Maduro, que inclui a expulsão do pessoal deste Escritório Técnico de Assessoria.

A prisão de Rocío - a quem vinculam a um suposto plano de magnicídio - foi vista com "profunda preocupação" pelo Alto Comissariado nestes dias, assim como por Estados Unidos e União Europeia.

"Essa decisão é tomada devido ao papel impróprio que esta instituição desempenhou, que longe de mostrá-la como uma entidade imparcial, a levou a se tornar o escritório particular do grupo de golpistas e terroristas que conspiram permanentemente contra o país", disse Gil ao ler um comunicado.

Além disso, na última quarta-feira, 14, especialistas da ONU divulgaram um relatório em que afirmam que o programa contra a fome de Nicolás Maduro é ineficiente e suscetível a influências políticas.

A suspensão permanecerá "até que se retratem publicamente perante a comunidade internacional de sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas", acrescentou o chanceler.

*Com informações da AFP

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