Vídeo: congressistas se agridem durante sessão no Congresso da Bolívia
Parlamentares governistas e da oposição na Bolívia se enfrentaram
Com chutes, socos e puxões de cabelo, parlamentares governistas e da oposição na Bolívia se enfrentaram na terça-feira, 23, durante uma sessão pública do Parlamento, durante a apresentação do relatório de um ministro do presidente Luis Arce.
O ministro de Governo (Interior, Casa Civil no Brasil), Eduardo del Castillo, foi convocado ao Parlamento para apresentar um relatório sobre a detenção, em dezembro do ano passado, do governador da região de Santa Cruz (leste), Luis Fernando Camacho, principal nome da oposição do país.
Enquanto defendia a legalidade da detenção, Del Castillo criticou os parlamentares do 'Creemos', partido de Camacho, e o chamou de "grupos radicais, ladrões, violentos que vieram roubar a carteira do povo boliviano".
Durante o discurso do ministro, um grupo de parlamentares da oposição exibiu cartazes com frases como "com presos políticos não há democracia" e outra com uma foto de Del Castillo e a legenda "ministro do terror".
Em resposta, algumas parlamentares governistas avançaram contra as opositoras para arrancar os cartazes, o que provocou o início da troca de agressões, de acordo com as imagens divulgadas nas redes sociais.
Várias deputadas iniciaram uma luta de vários minutos, com tapas, socos e puxões de cabelo. Nenhuma parlamentar ficou gravemente ferida.
A brawl broke out in Bolivia’s parliament after two politicians, Henry Montero and Antonio Gabriel Colque, started trading punches over whether the previous government of interim President Jeanine Áñez was legal or constituted a coup pic.twitter.com/cUSN5o0m5w
— NowThis (@nowthisnews) June 10, 2021
A apresentação do relatório foi suspensa por alguns minutos e María René Álvarez, deputada do 'Creemos', culpou o ministro Del Castillo por ter estimulado um clima de beligerância.
O vice-presidente do país e presidente do Congresso, David Choquehuanca, anunciou que convocará as bancadas para exigir que incidentes do tipo não voltem a acontecer.
A confusão é mais episódio da polarização no país: a oposição afirma que a Bolívia tem 180 presos políticos, acusados pelo governo esquerdista de apoiar um suposto golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales em 2019 e de dar suporte a sua sucessora, a direitisa Jeanine Áñez, que também está presa.