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Crescimento industrial de Feira é um dos mais dinâmicos da Bahia

Indústria - Impulsionada pelo setor, região representa 8,5% da economia baiana; índice que era 6,3% em 2002, aponta a Fieb

Por Cláudia Lessa e Orisa Gomes (colaboração)

28/08/2025 - 10:26 h
Fábrica da Bracell Papéis de Feira de Santana
Fábrica da Bracell Papéis de Feira de Santana -

O crescimento industrial na região de Feira de Santana, que integra o Território de Identidade do Paraguaçu, tem sido um dos mais dinâmicos da Bahia. O município se destaca com taxas de crescimento acima da média, refletindo um desenvolvimento industrial robusto. Segundo a Federação da Indústria da Bahia (Fieb), em 2002 a região representava 6,3% da economia baiana e, atualmente, chega a 8,5%. O aumento de percentual tem como influência a indústria agroalimentar, mas também a chegada de outras empresas, como a Pirelli e a Vipal Borrachas.

O setor industrial representa 25,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia e responde por 66% das exportações, contribuindo com 55% da arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado e gerando 463 mil empregos diretos, ainda conforme dados da Fieb. Com mais de 22 mil empresas, o território baiano possui uma indústria diversificada, que vai desde a cadeia petroquímica à agroindústria, passando pelas de alimentos e bebidas, mineração, energias renováveis e indústria têxtil.

Em Feira de Santana, a Fieb mantém um escritório na unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) para atendimento nas áreas de assessoria de crédito, internacionalização e sustentabilidade. "O desenvolvimento das indústrias do interior do Estado está no cerne da nossa missão. E há uma percepção do Sistema Fieb de que o nosso papel é fazer com que os serviços oferecidos pelas instituições que o compõem cheguem à indústria, independentemente do seu tamanho”, afirma o presidente da entidade, Carlos Henrique Passos.

Informações da entidade revelam que, em 2024, 239 empresas e 91 indústrias de 17 municípios da região de Feira de Santana foram atendidas, com liberação de R$ 1.482.779,00 para o setor industrial. Ligado à Fieb, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) também atendeu 85 indústrias e 531 empresas, tendo sido intermediado o estágio para 1.051 estudantes e encaminhado 306 jovens aprendizes.

Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que oferece serviços de formação e qualificação profissional voltados para a indústria, em 2024, ofertou 1.099 turmas com 13.640 alunos matriculados, sendo 4.725 vagas gratuitas, com atendimento a Feira de Santana e outros 94 municípios da região.

Virada econômica

Historicamente, a grande virada econômica do Estado ocorreu nos anos de 1950, com a descoberta e exploração do petróleo, passando pela criação da Refinaria de Mataripe (criada em 1959) e do Centro Industrial de Aratu – CIA (surgido na década de 1960) e da implantação do Polo Petroquímico de Camaçari, nos anos de 1970. Após décadas de protagonismo da industrialização da Bahia na Região Metropolitana, inúmeras regiões do interior baiano passaram a apresentar um desenvolvimento econômico crescente.

“Feira de Santana foi um dos municípios que mais se destacaram nesse processo. Essa dinâmica vem do fato de que a região é um importante polo logístico e um entroncamento rodoviário para onde convergem importantes rodovias, como a BR-101, BR-324 e BR-242, e para cidades do Nordeste, além de que está próxima da Região Metropolitana e funciona como um ponto de escoamento da produção e de atração de empresas para abastecer o interior do Estado”, analisa o especialista em Desenvolvimento Industrial do Observatório da Indústria da Fieb, Danilo Peres.

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Além das razões de logística, afirma Peres, elementos locais fazem com que as cidades baianas apresentem esse crescimento econômico. “Esses fatores são, por exemplo, a qualidade de vida, com menos pressão urbana e mais tranquilidade para se morar, com mais segurança e oferta de serviços hospitalares que, nessas cidades, houve um aumento significativo. Um exemplo disso é o próprio Hospital Clériston Andrade, que hoje é uma referência para toda a região”.

Ainda segundo o especialista, há outras motivações, como o menor custo da mão de obra local. “Os habitantes das regiões e, sobretudo, de Feira de Santana, veem oportunidades para a criação de empresas e fazem com que esse grande número de investimentos, que embora sejam de pequenos e médios portes, são grandes em volume, promovendo um crescimento mais endógeno, ou seja, próprio do local. Diferentemente, por exemplo, da Região Metropolitana, onde grandes empresas, inclusive multinacionais, se instalaram sem um vínculo ao capital local”, explica.

Um estudo levantado pelo Observatório da Indústria da Bahia revela que o interior da Bahia, sobretudo a região de Feira de Santana, deve continuar a crescer acima da média do Estado nos próximos anos. “Essas cidades estão em crescimento, e isso pode ser observado pelo último censo da população que mostra um crescimento substancial da população, mas também pelos próprios investimentos em infraestrutura, que devem ocorrer nos próximos anos, e, principalmente, com o aumento do poder de compra dos cidadãos do interior, contribuindo para que os empreendedores locais continuem a investir e novas indústrias sejam atraídas para abastecer essa nova demanda”.

FUTURO

Para garantir que o crescimento siga, é preciso identificar os principais problemas da cidade, buscando soluções para o seu pleno desenvolvimento. A afirmação é do presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) do Governo Lula, Deyvid Bacelar. “Há muito o que se fazer no âmbito institucional e há muito o que se investir no setor industrial e agroindustrial. Há também um terreno imenso e fértil no setor da nova economia (startups), ou no setor de Comércio e Serviços”.

Bacelar, porém, aposta que a logística ainda será um diferencial econômico importante para Feira de Santana, citando impactos positivos trazidos pelos investimentos no trem Salvador-Feira, que vai gerar mais de 10 mil empregos, em uma obra estimada entre R$ 2,6 bilhões e R$ 6,8 bi, e na duplicação do contorno norte e leste de Feira de Santana, uma intervenção orçada em R$ 179,42 milhões que prevê a duplicação de 7,2 quilômetros da BR-324.

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