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CAOS

Demissões em massa e caos na Saúde marcam fim de ano em Ibicaraí

Pelo menos 600 servidores foram demitidos em pleno fim de ano

Rodrigo Tardio

Por Rodrigo Tardio

22/12/2025 - 8:34 h
Monalisa Gonçalves Tavares (União Brasil), prefeita de Ibicaraí
Monalisa Gonçalves Tavares (União Brasil), prefeita de Ibicaraí -

O encerramento de 2025 em Ibicaraí, sul da Bahia, é marcado por um cenário de incerteza. Após decisão que pegou a comunidade de surpresa, a gestão da prefeita Monalisa Gonçalves Tavares (União Brasil), efetuou a demissão de aproximadamente 600 servidores em pleno período de festas natalinas.

A medida não apenas ampliou a vulnerabilidade social no município, como também expôs inúmeros de problemas estruturais e judiciais que a Prefeitura atravessa.

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Famílias sem renda

Sem o pagamento de salários e sem perspectivas de recolocação imediata, o impacto socioeconômico é devastador.

"Passar o Natal e o Ano Novo com o aviso de demissão na mão é uma crueldade sem tamanho", afirma um ex-servidor que preferiu não se identificar.

A economia local, que depende da circulação desses salários, também já sente os reflexos da retração.

Colapso da Saúde

A situação administrativa reflete-se diretamente nos serviços essenciais. Moradores denunciam que os postos de saúde da rede municipal carecem de medicações básicas. O Hospital Municipal, principal unidade de atendimento da cidade, é descrito como "sucateado", operando com infraestrutura precária e equipamentos obsoletos, o que dificulta o atendimento.

Descaso e judicialização

O cenário de abandono é visível também no pátio da prefeitura. Uma denúncia aponta para a existência de uma espécie de "cemitério de carros", onde veículos oficiais, os quais deveriam servir à gestão, estão enferrujando por falta de manutenção.

No campo jurídico, a prefeita Monalisa enfrenta processos. As ações questionam valores que chegam a R$ 500 mil. Além disso, a administração é criticada pela falta de concursos públicos, mantendo a máquina municipal através de contratações temporárias precárias.

Afastamento e retorno

Em julho deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu a decisão que havia determinado o afastamento de Monalisa Gonçalves por improbidade administrativa.

A medida foi tomada após recurso apresentado pela defesa da gestora, que alegou inconsistências na interpretação da legislação e ausência de dolo específico nas ações atribuídas a ela.

A prefeita havia sido afastada por decisão da Câmara Municipal, que atendeu a uma cobrança do Ministério Público Federal (MPF). O afastamento se baseava em uma condenação relacionada à primeira gestão de Monalisa à frente da Prefeitura, em 2006, em processo que já transitou em julgado, ou seja, sem possibilidade de novos recursos, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Com a decisão da Câmara, o vice-prefeito, Jonathas Soares (Republicanos), chegou a ser empossado no cargo, porém, o desembargador federal Marcus Vinicius Reis Bastos, relator do caso no TRF-1, suspendeu os efeitos da sentença, o que permitiu o retorno de Monalisa ao cargo.

A reportagem procurou a Prefeitura de Ibicaraí e ainda aguarda resposta aos questionamentos.

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Tags:

Crise Econômica demissões Gestão Pública ibicaraí saúde municipal vulnerabilidade social

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