IMPASSE SEM FIM
Demitidos da Caraíba protestam por descumprimento de acordo
Empresa demitiu 204 funcionários em julho e não efetuou o segundo pagamento previsto para o dia 30 do mês passado

Por Alan Rodrigues

Funcionários demitidos da Caraíba Metais bloquearam na manhã desta quinta-feira, 11, o acesso à empresa, localizada em Dias d´Ávila, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Eles protestam contra o não pagamento da 2ª parcela do acordo firmado em julho, quando 204 trabalhadores foram demitidos.
A demissão coletiva deveria ser o desfecho de um impasse iniciado em novembro de 2023, quando a empresa, única metalúrgica de cobre do país, sob controle da Paranapanema, entrou em recuperação judicial.
Demissão em massa
Mergulhada em dívidas, a Caraíba colocou a maior parte dos colaboradores em 'lay off', ou seja, recebendo sem trabalhar. Após os 5 meses de auxílio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a empresa passou a ter problemas para pagar os salários e começaram os atrasos.
Após várias manifestações, envolvendo até um pedido de intervenção feito ao presidente Lula (PT), a Caraíba decidiu pela demissão em massa, reduzindo drasticamente a sua operação, comprometendo, inclusive, a preservação do maquinário, sujeito a altíssimas temperaturas.
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Após o pagamento da primeira parcela do acordo, firmado em 12 vezes, nenhum outro valor foi recolhido, tendo vencido a 2ª parcela no último dia 30 de agosto. Até o fechamento dessa reportagem a empresa não havia se posicionado, segundo o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Ernandes Biset.
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