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Mário Galinho relata estado precário em Paulo Afonso
Prefeito declarou estado de emergência administrativa, na saúde, na educação e na assistência social
Por Rodrigo Tardio e Flávia Requião

Recém-eleito para o primeiro mandato, o prefeito de Paulo Afonso, Mário Galinho (PSD), relatou em conversa com o Portal A TARDE na manhã desta quinta-feira, 30, que tem lidado com o estado de precariedade na cidade deixado pela antiga gestão.
“A gente está em estado de emergência administrativa, na saúde, na educação e na assistência social”, afirmou.
Sobre a área da educação, Mário detalhou já chegou na gestão precisando reorganizar quase todas as escolas do município.
“Recebemos as escolas praticamente em situação precária, quase todas, algumas reformadas, mas a grande maioria não, são quase 42 escolas na área rural. Muitas delas ainda funcionam com ensino multisseriado [forma de ensino em que alunos de diferentes séries e idades estudam na mesma sala de aula] e a gente tem esse desafio da reforma, da construção de novas edificações e sem falar na questão pedagógica. São grandes os desafios”, citou.
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Além dos problemas no ensino, o gestor afirmou que tem enfrentado uma crise na saúde. “Nós temos o Hospital Nair Alves de Souza que está praticamente fechado, de portas abertas, se não fosse a sensibilidade do governador Jerônimo [Rodrigues] em nos ajudar nesse primeiro momento, por conta da crise administrativa, de não termos contratos ativos ou com saldos para poder executar as ações de saúde, a gente estaria em ‘maus lençóis’”, iniciou.
“Muitas outras ações na área de saúde estão precárias, tais como as unidades básicas de saúde. Só nessa última chuva que teve agora em Paulo Afonso, quatro PSFs, unidades básicas de saúde, os telhados caíram. A gente recebeu a saúde em colapso 100%. Não temos insumos, não temos medicamentos e não temos contratos básicos”, explicou.
Ainda segundo o prefeito, apesar da situação alarmante nas vários setores da cidade, “tudo isso está sendo resolvido em parceria com o governo do estado”.
“Infelizmente leva-se tempo, são cerca de 90 dias no mínimo para iniciar processos administrativos de licitações, [...] ainda muito mais precisa ser feito. A gente está tomando todas as providências, mas a cidade encontra-se hoje em decreto de emergência, justamente para que a gente possa acelerar os processos administrativos”, alegou.
Desenvolvimento do turismo
Mário revelou que uma das saídas que a gestão encontrou foi o foco para o turismo na cidade, que deixou de ser explorada por um longo período.
“Paulo Afonso só tem como se desenvolver hoje através do turismo e também da agricultura irrigada. São duas atividades que têm grandes potenciais, mas que não foram pensadas e planejadas ao longo dos últimos 30 anos da gestão que estava em atividade”, relatou.
“O turismo a gente vai estar lançando, agora no final de fevereiro, um grande calendário de eventos, em parceria público-privada também, para que a gente possa atrair toda a região para dentro de Paulo Afonso, e assim, a gente fortalecer um calendário robusto que traga também retorno financeiro para dentro do nosso município, gere renda de fato”, explicou.
Mario Galinho foi eleito no primeiro turno das eleições do ano passado com 31.834 votos, 50,19% dos votos válidos. Ele assumiu o pleito pela primeira vez este ano.
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