POLÊMICA
"40 anos do Axé é um funeral", diz Gerônimo sobre fase atual do gênero
Para cantor, gênero musical que ajudou a difundir está desgastado
Por Luiz Almeida
Gerônimo é um dos nomes de destaque da história da Axé Music. No entanto, ele confessou que a situação do gênero musical é delicada. Em entrevista ao Portal A TARDE, o artista declarou que a comemoração dos 40 anos "é como um funeral".
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O eterno "mensageiro da alegria" ressaltou que o Axé "começou na Bahia e atravessou o oceano, mas foi cortado pelos próprios produtores baianos". Sem citar nomes, ele disse que "pessoas no topo da pirâmide" do gênero preferem "abandonar a ideia da música de características da Axé Music".
Apesar de não enxergar o gênero mais como sucesso, Gerônimo garantiu que continuará prestando homenagens.
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"Eu sempre toco, e onde eu toco, já estou prestando homenagem aos compositores baianos que têm a sua peculiaridade e que se ajustam à linguagem afrodescendente que está sempre permeando essa música", afirmou o famoso.
O artista ainda pontuou que "a música baiana continua tão viva que todos esses cantores que estão na ponta da pirâmide preferem sempre tocar somente os sucessos e não apresentam novidades".
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PL da Axé
Questionado sobre o Projeto de Lei para a criação do Dia da Axé Music, Gerônimo foi direto: "Eu acho legal. O Dia da Axé Music é mais um motivo para comemorar algo que está morrendo. Vai ficar registrado naquele momento, mas depois acaba no esquecimento".
"Eu apoio, pois, se não estiver apoiando, vou estar dando um tiro em mim mesmo. Agora, isso era para ter acontecido desde quando a Axé Music virou um poder", completou o cantor.
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