Busca interna do iBahia
HOME > MÚSICA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

MÚSICA AFRO

Afropunk Bahia 2025: esses são os 10 shows imperdíveis da festa

Na quinta edição soteropolitana, o Afropunk celebra a pluralidade da música negra

Grazy Kaimbé*

Por Grazy Kaimbé*

06/11/2025 - 12:32 h
BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025
BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025 -

O Afropunk, um dos maiores festivais de celebração da cultura negra no mundo, desembarca em Salvador neste sábado, 8, e segue até domingo, 9, no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador. O evento reúne diferentes ritmos e artistas nacionais e internacionais. A abertura dos portões está prevista para às 17h.

No sábado, o festival recebe nomes como DJ Boneca; a cantora Núbia, que convida o bloco afro Muzenza; Budah, com participação de Wyclef Jean; além de Coco Jones, Péricles, BK e ÀTTØØXXÁ.

Tudo sobre Música em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

À 1h50 da madrugada, o evento encerra a noite com um paredão, reunindo diferentes estilos musicais.

Leia Também:

Segundo Ismael Fagundes, um dos curadores do evento, ao lado de Thira Lavour e João Gabriel, o AfroPunk Bahia 2025 tem como fio condutor a celebração da cultura negra em sua pluralidade.

“É uma ‘tropa’ que celebra o encontro de artistas pretos de diferentes gerações. No mesmo palco, você tem Péricles, BK, MC Luanna, ÀTTØØXXÁ e Coco Jones. Nosso eixo central é esse: jogar luz sobre a celebração da cultura negra”, destaca.

Além da programação musical, o festival mantém a proposta de ser um espaço de afirmação identitária, no qual o público é parte ativa da experiência. “Nosso público não é apenas espectador, é protagonista da festa. É quem celebra essa cultura durante dois dias de festival. O AfroPunk é o lugar em que as pessoas podem ser quem são, vestir o que quiserem, usar seus cabelos trançados, soltos, com black. É um espaço de liberdade e pertencimento”, salienta o curador.

O rapper brasileiro BK, 36, é uma das atrações mais aguardadas do festival. Em meio ao destaque que o rap nacional vem ganhando nos grandes festivais, o artista carioca celebra o momento e reflete sobre a importância de subir ao palco de um evento que celebra a ancestralidade negra.

“O rap brasileiro vem numa construção e crescimento há anos. Mas agora os grandes festivais têm dado mais visibilidade e oportunidade. Antes, nós acabávamos em festivais nichados ou tínhamos que criar nossos próprios espaços. Hoje, esses grandes eventos estão ampliando isso. Fico feliz de estarmos nesse momento de tanto destaque para tanto parceiro de estrada”, enfatiza.

“E eu tô ‘animadão’ de fazer o show do Afropunk. Eu amo o público da Bahia, e fazer parte desse festival, que é referência em ancestralidade, é um marco na nossa carreira como artista preto do rap no Brasil”, complementa BK.

O rapper destaca ainda a força simbólica de se apresentar em Salvador, cidade marcada pela herança africana e pela potência cultural. “Todos nós sabemos da força do festival, tanto aqui quanto lá fora. É uma honra participar e me unir a tantos artistas pretos e ao público que faz esse movimento acontecer”, diz.

No repertório, BK promete um passeio pelos principais momentos da carreira. “Os fãs querem muito ouvir as faixas da DLRE Tour, mas também músicas que eles amam, como ‘Planos’ e ‘Universo’. Bora que vai ser lindão!”, antecipa.

Quem se apresenta neste mesmo dia é o cantor Péricles, que leva ao palco do Afropunk um show que atravessa quatro décadas de carreira. O artista destaca a importância simbólica de se apresentar em Salvador.

“Pra mim, é uma honra enorme participar do festival. O Afropunk é um espaço que celebra a nossa história, nossa cultura e nossa força. Estar nesse palco, em Salvador, que é um lugar tão importante para a construção da música e da identidade negra no Brasil, tem um peso muito grande. Eu venho de uma trajetória que só existe porque outros abriram caminho antes de mim, então eu encaro esse momento como um agradecimento e também como compromisso de continuar levando nossa voz, nossas histórias e nossa música adiante”, afirma.

No repertório, Péricles promete revisitar sucessos da época do Exaltasamba, músicas da carreira solo e releituras especiais. “É um show que fala de alegria, mas também de pertencimento”, diz ele, que vê o Afropunk como uma celebração conjunta com o público.

“Será uma noite cheia de emoção, que celebra a minha história e a do público que me acompanha há tanto tempo”, afirma Péricles.

Segundo dia do festival

No domingo, 9, o festival continua com grandes atrações. Os portões estão previstos para abrir no mesmo horário do primeiro dia, às 17h.

Quem inicia a noite é o mineiro DJ Umiranda, seguido pelos shows de MC Luanna, Os Garotin, a cantora nigeriana Tems, a artista Liniker e, encerrando a edição, uma das mais esperadas pelos baianos: a banda BaianaSystem, anfitriã da casa, que convida a cantora jamaicana Sister Nancy.

A noite de domingo ainda promete uma homenagem aos 40 anos do Axé Music, sob o conceito de Afro Axé.

De acordo com o curador, a proposta da homenagem é revisitar a história do gênero a partir de suas origens negras e populares. “A axé music nasceu do toque do afoxé, do terreiro, e ganhou o mundo. A gente quis lembrar os nomes que ajudaram a construir essa história, como Tatau, do Ara Ketu, que escreveu músicas que estão até hoje na boca do povo”, explica Fagundes.

“Nada mais justo que o AfroPunk seja o palco dessa celebração do Afro Axé. A axé music bebe diretamente da música negra, mas, ao longo do tempo, artistas brancos ganharam maior protagonismo. Então, no maior festival de cultura negra do mundo, celebrar os 40 anos do movimento na perspectiva preta é um gesto de reconhecimento”, reforça.

No domingo, o festival deve terminar um pouco mais tarde e o paredão do primeiro dia retorna às 2h. “O AfroPunk olha para a música preta em todos os seus ritmos, gêneros e formatos. No mesmo palco se encontram samba, rap, rock, reggae, pop e afrobeat”, complementa Fagundes.

A força do festival

Desde que chegou à capital baiana, o Afropunk se consolidou como um dos principais eventos culturais do país, inserindo Salvador, a maior cidade negra fora da África, no circuito internacional dos festivais dedicados à arte e à música afro.

“O AfroPunk é um festival internacional feito em Salvador, isso já diz muito sobre a importância dele. O festival coloca a cidade e o Nordeste no mapa dos grandes festivais de cultura negra do mundo, rompendo com a lógica de que tudo acontece apenas no eixo Rio / São Paulo”, destaca Fagundes.

O festival, que nasceu nos Estados Unidos, tem versões em várias cidades do mundo e, no Brasil, passou por Belém, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. “A curadoria brasileira é independente, o que nos dá liberdade para refletir a cultura local. Estamos em Salvador, com heranças africanas de diferentes regiões do continente, e isso se reflete no palco”, afirma o curador.

Nos últimos anos, o curador conta que a troca entre edições brasileiras e internacionais se intensificou. “Levamos Larissa Luz para cantar no AfroPunk Brooklyn (EUA) e, no mesmo ano, trouxemos Erykah Badu para Salvador. Isso cria uma ponte entre o Brasil e os Estados Unidos. É uma troca viva, de palco e de espírito”, observa.

Ele adianta que o público pode esperar experiências únicas. “Nenhum artista repete o que faz em outros palcos. Cada um prepara algo especial. BK, ÀTTØØXXÁ,Nubia, Muzenza, todos trazem novidades. Mas, para entender mesmo, só vindo”, convida.

Serviços

➡️ AFROPUNK Brasil 2025

▪️Data: Sábado (8) e domingo (9)

▪️Local: Parque de Exposições

▪️Ingressos: entre R$ 95 e R$ 736

▪️Vendas: no site afropunk.byinti.com

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

afropunk música

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025
Play

Integrante dos Filhos de Jorge pede namorada em casamento durante show

BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025
Play

Baiana, filha de Jimmy Cliff e estrela em Hollywood: a vida de Nabiyah Be

BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025
Play

Sandra Sá faz discurso emocionante na Arena A TARDE: “Não precisa batalhar"

BaianaSystem é uma das atrações do Afropunk Bahia 2025
Play

Marcelo Sangalo anuncia novo trabalho artístico e Ivete reage

x