BARRADO!
Austrália cancela visto de Kanye West por música que exalta Hitler
Ministro australiano rejeita discurso de ódio após rapper lançar faixa nazista
Por AFP e Redação

A Austrália cancelou o visto do rapper americano Kanye West, conhecido como Ye, devido à sua polêmica música “Heil Hitler”, que glorifica o líder nazista Adolf Hitler, informou o governo australiano. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 2, pelo ministro do Interior, Tony Burke, que declarou: “Não precisamos disso na Austrália”.
A faixa “Heil Hitler”, lançada em maio de 2025 no aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, contém referências explícitas ao nazismo e foi amplamente condenada internacionalmente. A música foi removida das principais plataformas de streaming, incluindo Spotify, Apple Music e YouTube, após gerar revolta global.
Discursos de ódio
Segundo Tony Burke, o visto de Ye foi revogado com base na lei australiana que impede a entrada no país de indivíduos que promovam discursos de ódio, incluindo o antissemitismo e a ideologia nazista. O ministro ressaltou que, embora comentários antissemitas anteriores do rapper não tenham afetado seu visto, a promoção direta do nazismo pela música foi o fator decisivo para o cancelamento.
“O país já enfrenta desafios suficientes e não toleraremos o ódio importado”, afirmou Burke, reforçando a postura firme do governo australiano contra discursos extremistas.

O visto cancelado era um visto de nível “lower-level”, concedido para visitas pessoais, e não estava relacionado a apresentações ou shows do artista no país.
Este caso se insere em um contexto de crescente preocupação mundial com a disseminação de discursos de ódio e antissemitismo, especialmente após recentes conflitos internacionais que elevaram tensões religiosas e políticas. A Austrália vem adotando medidas rigorosas para impedir que figuras públicas que propagam ódio ganhem espaço em seu território.
Repercussões internacionais
A decisão da Austrália de cancelar o visto de Kanye West repercutiu rapidamente no cenário internacional, gerando debates sobre a responsabilidade dos países no combate à propagação do discurso de ódio. Organizações de direitos humanos e grupos antissemitas comemoraram a medida como um exemplo de postura firme contra ideologias extremistas.
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Por outro lado, o caso reacendeu discussões sobre liberdade de expressão e os limites legais para artistas que se envolvem em controvérsias. Especialistas alertam para a importância de se diferenciar entre censura e a proteção da sociedade contra mensagens que incitam ódio e violência.
Além disso, outras nações começaram a revisar suas próprias políticas migratórias e de entrada para figuras públicas envolvidas em polêmicas similares, demonstrando um movimento global em direção a um combate mais rigoroso contra o extremismo e a intolerância.
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