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MÚSICA

Com duas Conchas Acústicas esgotadas, Liniker inicia turnê ‘Caju’ em Salvador

Cantora se apresenta em três dias e comemora "coincidência" de show no aniversário da cidade

Por Maria Raquel Brito*

27/03/2025 - 7:01 h
Liniker faz show em Salvador no fim de semana
Liniker faz show em Salvador no fim de semana -

Sempre que tem uma brecha na agenda, o destino certo de Liniker é Salvador. Nascida em Araraquara, interior de São Paulo, a cantora sente no mar de Salvador a energia necessária para recentralizar seus eixos. Agora, a artista desembarca em terras soteropolitanas para apresentar a turnê do disco Caju aos baianos.

Os shows acontecem neste sábado, domingo (esses dois dias já esgotados) e segunda-feira. Consolidando a conexão entre Liniker e Salvador, a abertura não poderia ser em outro dia que não 29 de março, o aniversário da cidade – o que ela considera “um grande presente da coincidência”.

“Eu sou canceriana, então sinto que ter a água perto me deixa mais arraigada. mesmo. Fazer uma entrevista com o barulho do mar aqui na minha janela, é diferente, sabe? Eu acho que isso ajuda na minha composição, na minha concentração, no meu preparo para outras coisas que vão vir na agenda. Então, é momento mesmo de pausa e atenção estar em Salvador”, diz, em conversa com A TARDE.

A turnê, com direção musical da própria artista, ao lado de Julio Fejuca, chega a Salvador depois de passar por São Paulo, Maceió, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

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Inicialmente, a capital baiana havia sido contemplada com uma só data, mas a demanda foi tanta que mais um dia foi adicionado. Não deu outra: os ingressos esgotaram tão rápido que os fãs clamaram por mais uma apresentação, daí o show desta próxima segunda-feira.

“Cantar na Bahia é um privilégio, porque você não tem dúvidas de que o show vai ser apoteótico. Tem uma verdade de entrega. Todo mundo aqui é muito transparente. Se gostou, gostou, se não gostou, não gosta mesmo”, nota.

“Eu tenho essa sorte, ao longo dos anos, de construir uma rede de público muito bonita aqui e de todos os shows serem marcos históricos na minha vida. Quando vem a possibilidade de um show na Concha Acústica, que é esse palco tão significativo, tão importante para a cidade, da cultura brasileira, um único já seria incrível. Tantas pessoas passam e passaram por ali. Fazer não só um, mas três, inclusive um numa segunda-feira, num dia comum, é um presente”, afirma a cantora.

E não parece exagero dizer que, se ela fizesse uma semana inteira de shows, os fãs estariam lá. Sampaio, de 22 anos, é prova viva. Depois de tentar e não conseguir garantir ingressos para os dias anteriores, a sorte veio na terceira vez. Por Liniker, ele irá encarar 12 horas de viagem, de Macaúbas a Salvador.

“Eu vou com minha irmã para o show, quando a foi anunciado, a gente já sabia que tinha que ir. Temos muitas memórias afetivas ao som de Liniker, toda vez que a gente saía juntos de carro, escutava os álbuns dela”, conta.

A busca por ingressos fez com que parte do público passasse a pedir que os shows fossem transferidos para a Arena Fonte Nova, que tem capacidade para cerca de 50 mil pessoas.

Os pedidos não passaram despercebidos pela cantora, que defende que, em sua vida, tudo tem sido uma construção passo-a-passo, com um degrau de cada vez.

“Eu sei o que significa cantar na Fonte Nova quando você é um artista independente, sei que isso expande a sua carreira, sei para onde isso te leva, sei qual é a estrutura também que isso te pede, mas eu também consigo reconhecer nitidamente, com todo o amor e respeito, o que é ser uma artista que canta na Concha Acústica”, afirma.

“Então, que uma hora role na Fonte Nova, com certeza acho que isso vai acontecer um dia no meu futuro, e eu jogo essa energia para lá. Mas eu estou muito feliz. Eu acho que esse show na Concha Acústica vai ser histórico só pelo fato de ser lá”, acrescenta.

O show será histórico também pela chance de dar vida às histórias de Caju ao lado de quem recebeu o álbum com tanto carinho.

A intimidade de Caju

A protagonista do segundo álbum de estúdio de Liniker é a personificação dos sentimentos da artista, com altos e baixos, amores e dissabores, entendimentos e dúvidas. Para construir o disco, uma coisa era certa para ela: que o processo tinha que ser de muita paz.

O resultado foi um álbum maduro e intimista, em que além de compor todas as músicas, como já lhe é de costume, Liniker participou também da produção.

“Eu acho que pela primeira vez num álbum – e aí também acredito que tem a ver com a maturidade da idade –, eu me vi transparente assim. Consegui falar e escrever sobre sentimentos muito íntimos e decidir que isso fosse algo público. Além desse tom de um dia inteiro, Caju é um disco muito meu. Eu escrevi esse disco para mim, eu me fiz presente. Obviamente tem a indústria, tem os meus fãs, tem a minha história, tem uma trajetória profissional, mas eu precisava me dar esse disco de presente, como segurança para uma próxima etapa, como segurança de uma próxima fase. É um disco para me abraçar, sabe? É um disco-escudo, Caju”, conta.

Com a agenda de shows, entrevistas e gravações, Liniker vive uma vida na estrada. Assim surgiram muitas das canções de Caju. Em períodos de deslocamento, o álbum foi a companhia em quartos de hotel, aviões, viagens na estrada e dos banhos de mar.

Algumas, inclusive, foram escritas em solo soteropolitano. Reforçando a sintonia de Liniker com a cidade, aqui nasceram faixas como Mayonga, Papo de Edredom e Negona dos Olhos Terríveis.

Não foi a primeira vez que Salvador foi campo de inspiração para a cantora. Psiu, do Indigo Borboleta Anil, seu álbum de estreia como artista solo, foi composta depois de um banho de mar na capital baiana.

Soteropolitana de coração

Em Salvador, no show de despedida de Indigo, Liniker viu pela primeira vez caravanas de outras cidades e até de outros estados que se mobilizaram para assistir a um show seu.

É um dos momentos da carreira que ela guarda na memória. Mas ela já sabia que a cidade era diferenciada desde seu primeiro show por aqui, ainda com Liniker & Os Caramelows, em 2016.

“A gente veio fazer um show no Largo Tereza Batista. E foi, assim, apoteótico. Eu lembro que foi a primeira vez que eu vim e a primeira vez que eu ouvi o público cantar mais alto que as caixas de som. Não tinha outra forma de se apaixonar pela cidade. Desde então, para além dos shows eu tenho uma vida aqui, tenho amigos que viraram família”, diz.

Entre as amizades que hoje também são família, estão as baianas Safira Moreira e Caroline Lima. Safira, que é cineasta, está desenvolvendo junto com Liniker o documentário de Caju desde o começo do processo criativo do filme, que ainda vai ser lançado.

Já Caroline, fotógrafa, é parceria artística de longa data da cantora: foi ela a responsável pelas capas de Caju e de Indigo Borboleta Anil – tanto a versão regular como a deluxe. Quando o rosto de Liniker foi estampado num outdoor da Times Square, em Nova York, também foi Caroline a autora da foto. O cenário foi mais que simbólico: as Dunas do Abaeté, em Itapuã.

“Para mim é uma grande honra ter essa conexão com a cidade há tantos anos, estar aqui sempre, estar aqui agora, me conectar cada dia mais com a minha ancestralidade, que vem daqui também. Meu avô é de Casanova, que é interior, mas poeticamente [Salvador] é uma cidade que me inspira muito, e o maior presente da coincidência foi poder estrear Caju em Salvador, no dia 29 de março. Eu estou me sentindo, de fato, cidadã soteropolitana, cidadã de honra”.

Liniker e Natura Musical

Enquanto artista independente, Liniker sabe bem a importância de ter uma rede de apoio. Para ela, grande parte disso veio da Natura Musical, que lhe acompanha desde Liniker & Os Caramelows.

Foi através da iniciativa que eles lançaram o segundo disco, em 2017. Hoje, a parceria vem em forma do patrocínio da empresa à turnê de Caju.

“A Natura é essa multinacional com representação mundial que leva o Brasil para fora. Então, já que a gente está levando para fora, é importante também que a gente olhe para dentro. Eu acho muito, muito significativo poder construir uma história de anos e poder passar junto com a Natura momentos muito específicos da minha vida, tanto no começo da carreira, quanto no meio, como agora, que eu estou num outro patamar, indo para uma outra construção”, diz. E elas têm tudo a ver, em brasilidade e criatividade.

Serviço:

Liniker
Datas: Sábado (29), domingo (30) e segunda-feira (31)
Horário: 18h
Local: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Ingressos para sábado e domingo esgotados / Segunda-feira: R$ 238, R$ 119 (meia), R$ 166,60 (solidário, mais um quilo de alimento não perecível) / Classificação: 18 anos

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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