INDIRETA?
"Faz o L e não confundam": fala de Léo Santana vira polêmica na web
Frase dita no Festival Virada Salvador foi vista por fãs como indireta política

Por Beatriz Santos

Um gesto rápido e uma frase dita em tom descontraído por Léo Santana durante o Festival Virada Salvador 2026, no sábado, 27, foram suficientes para gerar repercussão entre fãs nas redes sociais. A fala aconteceu enquanto o cantor se apresentava na Arena 'O Canto da Cidade'.
Durante a performance da música 'Posturado e Calmo', o pagodeiro se dirigiu ao público com a frase: “Quem tá feliz faz o L e não confundam”. O comentário, acompanhado do característico gesto com a mão, foi interpretado por parte dos espectadores como uma possível indireta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também usa um gesto similar.
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Isso porque o gesto do “L” se popularizou nos últimos anos como símbolo associado ao petista e a seus apoiadores, especialmente durante atos e eventos políticos. A semelhança levou internautas a questionarem se a fala teria cunho político ou se estaria ligada apenas ao bordão usado pelo artista em seus shows.
Após a repercussão inicial, o vídeo do momento passou a circular intensamente nas redes sociais e gerou uma onda de comentários, reunindo críticas severas, ironias e também manifestações em defesa do cantor.
Entre as reações mais duras, internautas não pouparam palavras. “Esse um homem é um lixo, capacho da direita baiana, coligado até os dentes. Nunca me desceu desde aquela live na pandemia que ele só iria fazer doação se atingisse tantos views e likes. Me adoece o baiano ser tão fissurado por alguém assim”, escreveu um usuário. Outro comentário seguiu a mesma linha: “Todo mundo de Salvador sabe que esse macho é bolsominion.”
Também houve quem apontasse contradições na leitura política atribuída ao gesto. “Engraçado que atualmente está sendo vinculado na tv baiana um propaganda do governo do estado (PT) com ele sendo a figura.”, publicou um internauta. Por outro lado, parte do público saiu em defesa do artista e criticou a associação automática do bordão à política. “Ué, mas é a marca dele! Imagina ter que ficar sendo associado o tempo inteiro com política por conta do ‘L’ que representa o nome dele.”, comentou um perfil.
Em tom mais enfático, outro usuário afirmou: “Certíssimo. Ele já faz essa p*rra bem antes de virar modinha por política. ele devia era processar quem usa isso aí sem ser o dele.”
Também surgiram interpretações alternativas sobre o contexto da fala. “Mas ele não falou isso referente a ser ‘L de Lula’ ou não. Não tem nada a ver com política, e sim com sinais de facções. Infelizmente, na Bahia estão acontecendo esses surtos, onde tudo passa a ser associado a facção. É sobre isso.”, escreveu um internauta.
Veja vídeo do momento:
Leo Santana no Virada Salvador:
— 𝐑𝐘𝐂𝐊𝐈𝐍𝐇𝐎 (@ryckinho_) December 28, 2025
“Quem tá feliz faz o L e não confundam”
(o L dele de Léo com o do presidente Lula)
Mas se fosse a Claudia Leitte falando, a imprensa comprada e a máfia digital estaria querendo cancelar a mesma e de brinde atrair ódio gratuito e hater a ela... pic.twitter.com/xENSXspW1Z
Registro da marca reacende debate
A polêmica ganhou ainda mais força ao ser relembrado que Léo Santana entrou, em 28 de abril de 2023, com um pedido junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) para registrar o “FAZ O L” como marca. A solicitação, no entanto, só teve grande repercussão pública em setembro de 2024.
Diante das especulações, na ocasião, o cantor e a Salvador Produções esclareceram que não existe qualquer ação judicial relacionada ao uso da expressão.
"Léo Santana, juntamente com a Salvador Produções, empresa responsável pela gestão de sua carreira, esclarece que o único processo em andamento referente ao bordão 'FAZ O L' é o pedido de registro de marca", publicou o cantor nas redes sociais.
"Não há, nem haverá, qualquer ação judicial contra o presidente Lula, o atual presidente do Brasil, contra partidos políticos ou qualquer pessoa que use ou deseje usar a expressão 'FAZ O L'. O registro foi solicitado, e está em tramitação, ainda não foi concluído", finalizou.
Em 2024, em nota, o artista reforçou que o bordão não tem ligação política e destacou que a expressão foi criada por ele em 2011, durante o lançamento da música 'Madeira de Lei', quando ainda era vocalista da banda Parangolé.
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