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MÚSICA

Nação Zumbi volta a Salvador para celebrar 30 anos de Da Lama ao Caos

Turnê da banda chega em Salvador neste domingo, com única apresentação na Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Gláucia Campos*

Por Gláucia Campos*

14/09/2024 - 8:00 h
Adão Negro apresenta show de turnê neste domingo
Adão Negro apresenta show de turnê neste domingo -

Há 30 anos, a banda Nação Zumbi entrava pela primeira vez em estúdio para gravar o disco Da Lama ao Caos. Com músicas atemporais, que abordam a realidade da periferia e do Recife, com destaque para a cultura popular pernambucana, o álbum se tornou um ícone da música manguebeat, que mistura psicodelia, rock, hip hop, funk e ritmos populares pernambucanos, como maracatu, ciranda e coco.

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A inovação proporcionada pelo disco garantiu uma relevância nacional e internacional, figurando entre os 100 melhores discos brasileiros da história em seleção da revista Rolling Stone Brasil, e o melhor disco brasileiro dos últimos 40 anos, pelo O Globo.

Em comemoração ao marco, a banda iniciou uma turnê homônima ao álbum que chega em Salvador neste domingo, com única apresentação na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Durante a apresentação, a banda vai tocar todas as faixas do Da Lama ao Caos, com uma participação especial de Maciel Salú, rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu-rural e militante das tradições populares.

O movimento Manguebeat, do qual disco e banda foram pontas de lança, combinava aspectos da cultura local, como o maracatu, o coco e a ciranda, com influências da cultura pop, como o hip-hop e o rock. O termo “manguebeat” surge da união de “mangue”, que se refere a um ecossistema característico da região, e “beat”, palavra em inglês que significa “ritmo” ou “batida”. Todas essas sonoridades são perceptíveis no disco, nas faixas clássicas A Praieira, A Cidade, Da Lama ao Caos e Samba Makossa, entre outras.

Hoje, a Nação Zumbi é formada por Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Marcos Matias e Da Lua (tambores), Tom Rocha (bateria) e Neilton Carvalho (guitarra).

Dengue, baixista da banda, relembra o impacto de Da Lama ao Caos e reflete sobre a influência que ele ainda exerce. Para o músico, na banda desde o surgimento, em 1991, o álbum nasceu a partir de um desejo de experimentações musicais e um dos maiores impactos foi a possibilidade de abrir caminho para que outras bandas e artistas fizessem o mesmo. “O balanço que eu mesmo faço é que abrimos espaço para os outros artistas poderem criar também, poderem ir além. Eu acho que é mais isso do que algo que remete propriamente ao som da gente, não era só sobre o som, é mais a possibilidade de ganhar um outro lugar”, disse.

Evolução musical

A primeira formação da Nação Zumbi, que gravou Da Lama ao Caos, contava com Chico Science (voz), Jorge Du Peixe, Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Gilmar Bolla 8 e Gira (alfaias), e Canhoto (caixa). Chico Science, vocalista e líder da banda até a morte precoce em 1997, foi um dos grandes responsáveis pela originalidade do som da Nação, que misturava ritmos regionais e urbanos.

Adão Negro apresenta show único em Salvador
Adão Negro apresenta show único em Salvador | Foto: Divulgação

Ao rememorar o processo de produção de Da Lama ao Caos, Dengue comenta que um dos momentos mais marcantes foi ter trabalhado com o produtor musical Arnolpho Lima Filho, o Liminha.

”Eu acho que pra mim foi ter trabalhado com Liminha para produzir, o cara é um super produtor e a gente era muito verde, aprendemos a nos comportar lá dentro do estúdio, como ser músico de estúdio. A gente não fazia a menor ideia e ele realmente colocou a gente nos ‘eixos’, valeu a pena o trabalho com ele”, disse.

O primeiro show do disco foi em 9 de abril de 1994, na 2ª edição do festival Abril Pro Rock, no Circo Maluco Beleza, no Recife. De lá para cá, a banda já produziu diversos álbuns e realizou diversos shows em território nacional e mundo afora. De acordo com o baixista, o processo de produção do grupo sempre foi espontâneo e marcado pela experimentação.

Para ele, essa espontaneidade é o que mantém o som da Nação Zumbi vivo e relevante. “Desde o começo, o som vai saindo, mas a gente não pensa muito em nada na verdade. Vamos fazendo aqui e ali e a gente aceita o que vem. Do jeito que alguém começa um tambor, como começa o baixo e vai construindo a partir dessas referências. Então, vai construindo na hora e quando vai gravar talvez exista algum mapeamento em cima de alguma outra coisa”, explica.

O show comemorativo da turnê Da Lama ao Caos, que celebra os 30 anos do álbum, promete trazer ao público toda a intensidade desse trabalho. “Tem uma novidade para essa turnê, que são as projeções. Estamos trazendo uma repaginada visual para os shows, algo que ajuda a amplificar a experiência. Além disso, vamos ter a participação especial do Maciel Salú, que é mestre de maracatu-rural. Ele vai trazer uma força ainda maior ao espetáculo”, antecipa o veterano baixista.

Sobre as expectativas para o show em Salvador, Dengue não esconde o entusiasmo. “A gente tem uma relação muito boa com o público de Salvador. É uma cidade que sempre nos recebe de forma calorosa, e a resposta do público aqui é maravilhosa. São 30 anos de estrada, e parece que o tempo não passou. A gente sobe no palco e sente aquela mesma energia dos primeiros shows", comenta.

O músico também revela que a turnê Da Lama ao Caos pode se estender para além das fronteiras do Brasil. “Eu acho que a gente vai expandir essa turnê, levando ela para fora do País no ano que vem. Tem muita gente pedindo, e estamos sentindo que esse show tem um apelo muito forte, não só aqui, mas lá fora também”, conta.

O legado de Da Lama ao Caos é inegável. Trinta anos após o lançamento, o disco continua a influenciar novas gerações de músicos e a ressoar com o público, mostrando que a música da Nação Zumbi transcende o tempo e os rótulos.

Nação Zumbi - ‘Da Lama Ao Caos - 30 anos’ / Domingo (15), 19h / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / R$ 140 e R$ 70 / R$ 98 - Ingresso Solidário (+ 1kg de alimento) / Vendas: Sympla e bilheteria TCA

*Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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